quarta-feira, 29 de outubro de 2014

I ENCONTRO DO GRUPO DE ESTUDOS: Química na Cabeça




      Hoje iniciamos nosso primeiro encontro. Nesse momento, ficou estabelecido que em nosso próximo encontro os participantes deverão já ter concluído a leitura do ARTIGO CIENTÍFICO, com seu devido FICHAMENTO. Além de, durante o encontro contribuírem de forma efetiva nas discussões.
         Aqui, quero deixar meu sincero agradecimento aos alunos:
BRUNA VASCONCELOS, EMANUEL MOREIRA, EMANUEL NEVES, FELIPE BATISTA, MATHEUS BRANDÃO, PEDRO GABRIEL, pela dedicação e compromisso que assumiram.
        Vamos juntos nessa caminhada!



Emanuel Neves, Pedro, Bruna, Matheus Brandão e Emanuel de Oliveira.

IV ENCONTRO PARA DISCUSSÃO DO LIVRO: A COLHER QUE DESAPARECE

           Hoje, concluímos as discussões sobre o livro: A COLHER QUE DESAPARECE de Sam Kean. Finalizamos esse momento com o estabelecimento das datas de apresentação dos Seminários e da entrega de todas as questões. Desse modo que:

SEMINÁRIOS: 19/11/2014 a partir das 13:15h, no Auditório.

QUESTÕES: IMPRETERIVELMENTE NO DIA 26/11/2014.

          Com a finalização desse momento, foi possível perceber evolução na participação dos alunos, muito embora, alguns ainda se mostrem imaturos e preocupados apenas em localizar a resposta das questões. De modo geral, a turma trabalhada com essa estratégia mostrou-se interessada pela alfabetização científica, e citaram de forma espontânea a importância dessa metodologia no processo interdisciplinar e que assim fica mais fácil apreender os conteúdos, pois passaram a compreender como certas descobertas colaboraram com a evolução da sociedade e seus fatos políticos.
           Nesse encontro, foi realizado o registro fotográfico dos participantes, como é mostrado abaixo.

O encontro ocorreu no Laboratório de Química.

Alunos discutindo as questões da atividade.

Interação com a professora, sobre o enredo do livro.

Momento de consulta individual.

Troca de informações entre os alunos sobre as questões trabalhadas.

Momento de distração!!!!!!

Reflexões sobre a atividade.

Alunas cooperando na resolução dos questionamentos.

Finalização do encontro.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

MARATONA CEARENSE DE QUÍMICA 2014 / II FASE

       Amanhã irá ocorrer a II Fase da XVII Maratona Cearense de Química, organizada pela Associação Brasileira de Química em parceria com a Universidade Federal do Ceará.
           Como não poderia ser diferente marcaremos presença e hoje a tarde os participantes dos 8º e 9º anos estiveram no Laboratório para as participarem de uma prévia do que certamente os aguarda amanhã.
            Aos que irão estar lá, não esqueçam: ATENÇÃO MÁXIMA NO MOMENTO DA EXECUÇÃO DOS EXPERIMENTOS. Aos que ficarão na torcida, vamos lá enviando boas vibrações.
Vejam as imagens dos experimentos realizados.
Aluno adicionando 50mL de mel

Adição de 50mL de glicerina
Adição de 50mL de água com corante
50mL de óleo comestível (de cozinha)
50mL de álcool etílico
          Todas as substâncias foram introduzidas lentamente e no final o aspecto do sistema é esse da imagem acima. Em seguida, com a ajuda de um bastão de vidro, foi feita agitação de modo que o óleo, a água e o álcool juntos passaram a formar uma só fase enquanto o o óleo e a glicerina juntos formaram uma outra fase sobrenadante, em função da diferença de densidade em relação a primeira. Esse experimento foi realizado para os alunos que concorreram em 2013 na categoria de 8º ano.
           Já o experimento realizado para os alunos do 9º ano do mesmo ano, abordou o assunto de poluentes ambientais, a clássica formação de chuva ácida. Realizamos algumas adaptações de modo que o experimentou ficou assim: 

Em um erlenmeyer de 250mL, fora adicionados 150mL de água destilada e algumas gotinhas de NaOH(aq). Em seguida, acrescentou-se o indicador ácido-base FENOLTALEÍNA e assim a solução deixou de incolor (MEIO ÁCIDO) e passou a rosa (MEIO BÁSICO).

Em uma espátula, aquecemos sob a chama de uma vela um pouco de ENXOFRE (pó), até que a espátula ficasse em rubor. Logo em seguida, foi feita a introdução dessa espátula no erlenmeyer e o mesmo foi vedado, para que a fumaça não se desprendesse.

A medida que oH2SO4 ia sendo produzido, o meio tornava ácido e assim a solução descorou, voltando a ser incolor.

Gel de própolis é testado para tratar efeitos nocivos da radioterapia em casos de câncer de cabeça e pescoço


ACESSO: 28/10/2014

     Um medicamento feito de própolis – espécie de resina produzida pelas abelhas para proteger as colmeias – poderá ajudar a prevenir e tratar inflamações, infecções e ulcerações bucais, comuns em pacientes que recebem radiação contra cânceres na região da cabeça e do pescoço. O gel aderente à mucosa da boca está sendo desenvolvido pela Pharma Nectar, uma pequena empresa de Belo Horizonte, em parceria com a Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (FO-UFMG). Ele já passou por testes in vitro, com animais, e por avaliações clínicas em pequenos grupos de pessoas, com bons resultados. Agora, está sendo testado em um número maior de pacientes e comparado com drogas já existentes para o mesmo tipo de tratamento.
     Os principais tipos de câncer que atin-gem a região do pescoço e da cabeça são os de boca, esôfago, tireoide e laringe. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que em 2014 sejam registrados no Brasil 23.710 novos casos dessas quatro espécies de tumores. O tratamento mais indicado é a radioterapia. O problema é que a radiação empregada causa efeitos colaterais graves, entre os quais a mucosite (inflamação da mucosa) e a xerostomia (falta de saliva, ou boca seca). Além disso, a radiação altera a microbiota da boca, facilitando a ocorrência de infecções por microrganismos que vivem ali naturalmente, como a Candida albicans, que causa o conhecido “sapinho”. Em pacientes de radioterapia, o fungo cresce de forma descontrolada, provocando uma doença chamada candidose ou candidíase bucal. Os resultados de todas essas alterações são ulcerações e muita dor. “Alguns pacientes não conseguem comer nem falar e correm o risco de desenvolver anorexia e prostração”, diz Vagner Rodrigues Santos, professor da FO-UFMG, que está trabalhando no desenvolvimento do gel de própolis em parceria com a Pharma Nectar.
       Ele conta que a ideia surgiu em 2007, quando assumiu a coordenação do Projeto de Atendimento de Suporte Odontológico ao Paciente Portador de Câncer e Irradiado na Região da Cabeça e Pescoço da UFMG. “Foi então que observei a necessidade de um produto que trouxesse melhor qualidade de vida para essas pessoas que sofriam muito com a xerostomia, mucosite e candidíase associada”, conta. “Daí me veio a ideia de criar um gel que fosse mucoadesivo e que tivesse propriedades ao mesmo tempo anti-inflamatórias, anestésicas, lubrificantes, antifúngicas, antibacterianas e cicatrizantes – todas qualidades atribuídas à própolis.”
       Para isso, Rodrigues procurou a Pharma Nectar, especializada em produtos apícolas. “A empresa surgiu informalmente no início dos anos 1980, como consequência de nosso empreendimento com abelhas no interior de Minas Gerais”, conta seu diretor-executivo, José Alexandre Silva de Abreu. “Em 1986 nós a formalizamos e passamos a investir em sua estruturação física e financeira. Em 1992, criamos a Nectar Farmacêutica, quando então passamos a nos empenhar na destinação farmacêutica e funcional dos produtos das abelhas”, diz Abreu. “Exportamos para 27 países, empregando 35 pessoas.” No total, são 86 produtos de linha do portfólio da empresa.

Perguntas e consultas
      A parceria entre a Pharma Nectar e a FO-UFMG surgiu há quase duas décadas. “Logo após terminar meu doutorado em patologia bucal, em 1996, eu estava procurando uma linha de pesquisa quando um colega comentou sobre alguém que havia tratado uma micose entre os dedos do pé com extrato de própolis”, recorda Rodrigues. “Imediatamente surgiram perguntas: se a própolis trata micose do pé, pode também tratar micoses bucais? Rodrigues consultou então a literatura científica e constatou que existiam poucas pesquisas sobre própolis e infecções da boca. “Com minha primeira orientanda de iniciação científica, começamos uma investigação sobre os diversos extratos encontrados no mercado de Belo Horizonte e qual deles seria o melhor para inibir o crescimento de Candida albicans”, conta. “Dentre as 16 marcas testadas, a de própolis verde da Pharma Nectar apresentou melhor resultado para a inibição do microrganismo in vitro.” Essa própolis é originária de resinas extraídas pelas abelhas do alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia).
      A partir de então, ele focou os experimentos nessa própolis e ia todos os meses comprar amostras na farmácia da empresa. “Até que um dia a farmacêutica e sócia da Pharma Nectar [Sheila Lemos Abreu] me perguntou para que eu comprava tanta própolis”, lembra Rodrigues. “Ao responder que eu era professor da UFMG e estava testando extratos como antimicrobiano das infecções bucais, ela prontamente quis uma conversa sobre o assunto e passamos a ter reuniões mais frequentes. A Pharma Nectar passou a nos fornecer amostras de própolis bruta e extratos.” Com a própolis verde e os extratos da empresa, o pesquisador realizou uma série de experimentos e desenvolveu alguns produtos. Os estudos renderam pelo menos cinco trabalhos publicados em periódicos científicos.
     Em 2009, Rodrigues procurou a Pharma Nectar para desenvolver o gel para uso exclusivo em pacientes com câncer sob tratamento radioterápico. “A ideia era que ele substituísse a bateria de medicamentos que os pacientes usam nesses casos, como saliva artificial, antifúngico, anti-inflamatório, analgésicos, entre outros, que nem sempre surtem o efeito esperado”, explica.“O que temos observado até agora, tanto no estudo de fase II como nesse de fase III, é que os pacientes que fazem o uso adequado do gel antes de iniciar a radioterapia não têm mucosite ou, se têm, não é tão grave.” Segundo ele, foram gastos até agora em todos os estudos e testes clínicos cerca de R$ 60 mil, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).


Artigo científico
NORONHA, V. R. A. S. et al. Mucoadhesive propolis gel for prevention of radiation-induced oral mucositis. Current Clinical Pharmacology. fev. 2014. on-line.

Ponte de elétrons: utilização de grafeno duplica a produção de eletricidade em biocélulas a combustível

DISPONÍVEL: http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/10/09/ponte-de-eletrons/
ACESSO: 28/10/2014


            O grafeno pode duplicar a produção de energia elétrica em biocélulas a combustível, como demonstrou um grupo de pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do ABC (Ufabc), em Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo. Descoberto em 2004 por Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, o grafeno, além de render o Prêmio Nobel de Física aos dois pesquisadores pelos experimentos realizados, provocou uma corrida mundial em busca da utilização desse novo material caracterizado por ser uma folha de carbono com espessura atômica e detentor de propriedades elétricas, mecânicas e ópticas.
            Os pesquisadores brasileiros, sob a liderança do professor Frank Crespilho, do IQSC-USP, mostraram no artigo de capa da edição de setembro da revista Physical Chemistry Chemical Physics que folhas de óxido de grafeno presas em fibras flexíveis de carbono facilitam a transferência de elétrons em biocélulas a combustível, dispositivos que convertem energia química em energia elétrica com a ajuda de enzimas e podem ter como combustível, por exemplo, a glicose existente no sangue para suprir de eletricidade marca-passos ou dispensadores subcutâneos de medicamentos. As biocélulas são uma fonte de energia alternativa ainda restrita a laboratórios. As biocélulas desenvolvidas em São Carlos são semelhantes a baterias e possuem dois eletrodos de fibra de carbono flexível, o cátodo, o polo positivo, e o ânodo, negativo. Elas são uma das mais recentes novidades em estudos no campo das fontes energéticas. Uma das opções de combustível para esse dispositivo é o uso da garapa, o caldo de cana repleto de açúcares.
© FRANK CRESPILHO / USP
fibra flexível de carbono utilizada nos eletrodos
Fibra flexível de carbono utilizada nos eletrodos
        As biocélulas podem ter tamanho microscópico ou serem maiores, do tamanho de pequenas caixas plásticas que podem receber a garapa para gerar eletricidade e recarregar baterias de celulares, tablets ou até notebooks. Uma célula pode fornecer uma tensão elétrica um pouco maior que 1,0 volt (uma pilha do tipo AA, por exemplo, tem 1,5 volt). O grupo de Crespilho já trabalha com esses equipamentos desde 2010 (ver Pesquisa FAPESP nºs 182 e 205). Pensando em melhorar o desempenho elétrico desses dispositivos, os pesquisadores colocaram folhas de óxido de grafeno entre o eletrodo e a enzima glicose oxidase. Com isso, a transferência de elétrons para a célula aumentou em pelo menos duas vezes, o que representa o dobro de produção de eletricidade.
         O processo de liberação de elétrons ocorre pela oxidação da glicose, que acontece na superfície do ânodo, onde é colocada a enzima glicose oxidase produzida a partir do fungo Aspergillus niger. Com isso, os elétrons são transferidos para a superfície do eletrodo da biocélula que os utiliza como eletricidade. Esse fluxo de elétrons passa para o outro eletrodo, o cátodo, onde o oxigênio é reduzido. O processo conhecido como oxirredução se refere à oxidação (perda de elétrons) da glicose e redução (ganho de elétrons) do oxigênio, ambos dissolvidos no sangue.
          A presença do grafeno transforma-se numa espécie de ponte ao diminuir a distância entre o centro da enzima e a superfície dos eletrodos de carbono, facilitando a passagem dos elétrons. “Já mostramos que ele funciona melhor que os nanotubos de carbono porque aproveita melhor as propriedades da enzima. Recentes estudos mostraram ainda que os nanotubos podem degradar a glicose oxidase, o que não acontece quando usamos grafeno”, diz. Crespilho, que atualmente passa um período como professor visitante no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). “Estou num projeto que visa compreender como o DNA e outras biomoléculas, como proteínas, interagem com a superfície de outros materiais no aspecto de transferência de carga elétrica”, conta. “A ideia é fortalecer essa área em São Carlos e aplicar no futuro esses conhecimentos em bioeletrônica molecular.”
© FRANK CRESPILHO / USP
Fibra de carbono é esfoliada para produção
Fibra de carbono é esfoliada para produção
Infraestrutura da alemanha         Além do óxido de grafeno em fibras flexíveis, Crespilho aguarda a construção de uma biocélula a combustível com folhas individuais de grafeno que um aluno seu do IQSC está montando no Instituto Max Planck, na Alemanha. “Deverá ser a biocélula mais fina já construída”, diz Crespilho. “Ainda não temos no Brasil toda a infraestrutura para fazer esse dispositivo, que deverá ter dois eletrodos com a espessura de menos de um nanômetro (equivalente a um milímetro dividido por um milhão)”, diz. Por isso, o doutorando Rodrigo Iost, com bolsa da FAPESP, vai tentar montar até o fim do ano essa nova biocélula. “Tivemos no ano passado um projeto temático [financiado pela FAPESP durante quatro anos] aprovado sob a coordenação do professor Osvaldo Novais, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP. Esse projeto vai melhorar a nossa infraestrutura e vai permitir a produção de novos filmes nanoestruturados para aplicação biológica. Aí conseguiremos construir os biodispositivos e vamos aplicá-los não só em biocélulas, como também em aparelhos bioeletrônicos implantáveis”, diz Crespilho. O projeto em bioeletrônica molecular desenvolvido pelo grupo é também vinculado ao Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (Ineo-INCT), com sede no IFSC em São Carlos.
 
Projetos1. Interação entre biomoléculas e sistemas celulares com nanoestruturas OD, 1D e 2D utilizando métodos eletroquímicos (nº 2009/15558-1); Modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular; Pesquisador responsável Frank Crespilho (USP); Investimento R$ 92.262,80 e US$ 50.821,57 (FAPESP).2. Estudo Bioeletroquímico de enzimas oxidoredutases imobilizadas em nanomateriais do tipo 1D e 2D (n º 2013/15433-0); Modalidade Bolsa no Exterior – Regular – Estágio de Pesquisa – Doutorado;
 
Pesquisador Responsável Frank Crespilho (USP); Bolsista Rodrigo Iost (USP); Investimento R$ 93.415,01 (FAPESP).
3. Filmes nanoestruturados de materiais de interesse biológico (nº 2013/14262-7); Modalidade Projeto Temático; Pesquisador Responsável Osvaldo Novais (USP); Investimento R$ 1.150.950,14 (FAPESP).
Artigo científico
MARTINS, M.V. A. et al. Evidence of short-range electron transfer of a redox enzyme on graphene oxide electrodes. Physical Chemistry Chemical Physics. v. 16 n. 33 p. 17349–18044. set. 2014.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

QUESTÕES DO LIVRO (49 a 167)

OLÁ PESSOAL, COMO HAVÍAMOS DITO, AQUI ESTÃO AS DEMAIS QUESTÕES REFERENTES AO LIVRO QUE ESTAMOS ESTUDANDO, A COLHER QUE DESAPARECE, de SAM KEAN.
49 - Sabendo que Vênus, Mercúrio, Marte e a Terra são planetas rochosos do sistema solar, explique como Patterson previu a idade da terra e por que os três primeiros planetas mal se parecem com a terra, uma vez que se formaram simultaneamente.
50 – A classificação de Goldschmidt é uma classificação geoquímica que agrupa os elementos químicos de acordo com suas fases preferidas : siderófilos, calcófilos litófilos e atmófilos. O que significa dizer que o irídio é um siderófilo?
51 – Qual a explicação dada pelos Alvarez para o desaparecimento dos dinossauros , 75% de todas as espécies e de 99% de tudo que era vivo a cerca de 65 milhões de anos atrás?
52 – O que foi a teoria de Nêmesis? Explique as ideias de Muller e Alvarez.
53 – A fumaça foi a mais avançadas tecnologia química usada pelos gregos para situar os atenienses nos anos 400 A. C. Explique esse fato.
54 – Comente sobre a Convenção de Haia de 1899.
55 – Pesquise sobre o que é substância lacrimejante. Diga os principais tipos e os prejuízus causados a saúde.
56 – Descreva o processo Harber para obtenção de nitrogênio industrial.
57 – Qual a participação de Harber na guerra?
58 – Depois de excomungar Harber, a Alemanha decidiu ameaçar seus inimigos com os metais molibdênio e tungstênio, trocando o bromo e o cloro. Comente sobre esse fato.
59 – Depois do gás, as armas alemãs mais temida foram as Big Berthas. Comente sobre elas.
60 – Explique o surgimento da expressão “Molly Be Dammed”.
61 – Como se deu a participação de Portugal no comércio de tungstênio (W)?
62 – Comente sobre o Nióbio e o Tântalo. Em seguida relate os principais fatos que associam esses elementos químicos a dizimação ocorrida na África Central.
63 - Como a busca por coltan (ou columbita-tantalita) contribuiu para a extinção dos gorilas do Congo?
64 – Num cálculo geral, mais de 5 milhões morreram no Congo desde meados dos anos 1990, o que representa a maior perda de vidas humanas desde a 2ª Guerra Mundial. Essa luta é prova de que , apesar de ter inspirado momentos edificantes, a TP pode também estimular os piores e mais desumanos instintos da humanidade. Comente o trecho acima.
65 – Explique como a inversão do Ni com os Co na Tabela Periódica de Mendeleiev contribuiu para Moseley inserir sua organização periódica.
66 – Com a morte precoce de Moseley, aos 27 anos, houve uma busca acelerada pelos elementos que faltavam e que ele havia indicado. Dessa forma a procura de elementos tornou-se bastante popular, acarretando disputas sobre que havia descoberto o Háfnio, o Protactínio e o Tecnécio. Comente sobre as tentativas de descobrir os elementos 85,87 (artificial) e 61 (natural).
67 – Faça um breve comentário sobre as contribuições da radioatividade, a importância da descoberta dos nêutrons e as contribuições de Rutherford  na classificação dos projéteis.
68 – Explique o que foi o Projeto Manhattan e o Método Monte Carlo.
69 – As bombas atômicas, independente de suas composições, trouxeram traumas terríveis para a humanidade. A partir disso, diferencie a bomba de fissão convencional de um só estágio da bomba suja de cobalto-60.
70 – Porque poucos dias após as explosões das bombas em Hiroshima e Nagasaki a região já poderia ser considerada mais ou menos estável?
 71 – A vaidade se faz presente nos mais diversos setores da sociedade. Comente a curiosa notícia publicada na sessão de fofocas “Talk Of The Town” da revista New York.
72 – Em 1940, Edwin McMillan criou o 1º elemento transurânico. Qual o significado desse feito? O que é um elemento transurânico?
73 – Comente sobre a relação de  Ghiorso e Seaborg.
74 – Explique a origem do nome dos elementos: 95 (Amerício), 96 (Cúrio), 97 (Berquélio), 98 (Califórnio), 99 (Einstênio), 100 (Férmio), 101 (Mendelévio), 102 (Nobélio) e 103 (Laurêncio).
75 – Berquélio tem símbolo Bk, mas poderia ter sido Bm. Qual o significado de Bm e com que intenção Ghiorso quis identificá-lo assim?
76 – Relate o mito de criação russo sobre a origem da região deles. (Rufênio e Samário)
77 – A Rússia poderia cientificamente ter sido uma grande potência, haja visto o que você discorrera na questão anterior. Contudo, na realidade não foi nada disso. Comente sobre o fato da Revolução de Outubro ter ocorrido em novembro e qual a sua motivação.
78 – O que foi a John Birch Society e quais as principais ações contra a aplicação do conhecimento científico?
79 – Como esteve a ciência durante o governo despótico da União Soviética em 1929, quando Stalin assumiu o poder?
80 – Descreva a vida dos cientistas em Norilsk, Sibéria. Com qual objetivo eram enviados para lá? Quais as características locais?
81 – Mesmo na ciência e talvez, principalmente nela, a falta de ética se faz presente. Relate como Flyorov conseguiu a confiança de “Papai Joseph” e seu trajeto até a criação do elemento Rutherfordio (104).
82 – Comente sobre o triste episódio de Victor Ninov.
83 – O elemento 118, caso seja produzido, terá nome de Ghiorssium ou Flyorium? Discuta sobre essa possível nomenclatura.
84 – Comente sobre a situação de Segrè, em 1938 quando Mussolini cedeu a Hitler e demitiu todos os professores judeus na Itália.
85 – Achados casuais, frutos de atitudes desjeitosas ou até de erros clamorosos, têm empurrado a ciência adiante ao longo da história. Cite alguns episódios que corroboram com a afirmação acima.
86 -  O Tecnécio (43) foi descoberto pela primeira vez várias vezes e por isso ficou associado ao monstro do lago Ness do mundo dos elementos. Identifique o nome atual dos elementos abaixo, que foram criados da forma que os cientistas imaginavam ser o elemento 43.
a)    Polinium
b)    Pluranium
c)    Ilmenium
d)    Lucium
e)    Nipponium
f)     Masurium
g)    Parnorium
87 – Porque foi tão difícil sintetizar o elemento 43? E como aconteceu?
88 – Que fato justifica a comparação feita entre Linus Pauling e Leonardo da Vinci?
89 – Explique:
a)    Porque os blocos de neve têm seis lados?
b)    Porque a anemia falciforme matava?
90 – A guerra entre a Rússia e o Japão de 1904 -1905 e a 1ª Guerra Mundial, uma década depois, aumentaram a demanda por metais no Japão. Descreva como esse fato foi solucionado e qual a participação Cd.
91 – O que o desastre d0 11 de Setembro tem a ver com os Cd?
92 – Descreva a “doença dói dói”.
93 – No filme “ A volta do Godzilla” os militares japoneses usam mísseis de cádmio para matar o Godzilla, sendo que o  mesmo havia ganho a vida por causa de uma bomba de hidrogênio. Comente essa visão funesta do elemento cádmio (48).
94 – Comente sobre o caso das Quatro Grandes Doenças por Poluição do Japão.
95 – Além do fato citado na questão anterior, o Japão ainda foi alvo de outra catástrofe em 1945. Comente-a
96 – Cd, Hg, Tl, Bi e Po constituem a série de elementos químicos venenosos da tabela periódica. Parte dessa aglomeração é uma coincidência, mas existem razões legítimas, químicas e físicas. Explique-as.
97 – Qual o significado das frases: “...venenos dos envenenadores” e “o veneno dos venenos da era nuclear”.
98 – Além dos relatos catastróficos, referentes aos elementos de corredor do envenenamento, há um relato cômico. Expresse-o.
99 – Cite algumas características físicas e químicas dos elementos:
a)    Cádmio
b)    Bismuto
100 – O Bi não é o átomo estável mais pesado, mas vai viver o bastante para ser o último elemento a se extinguir. Explique essa afirmação.
101 – Graham Frederick Young e David Hahn eram sociopatas? Explique.
102 – Qual o significado químico do trecho abaixo:
“Depois, em uma atitude que só alguém ignorante em química tentaria, explodiu acidentalmente um contêiner de potássio e purificado depois de furar os recipiente com uma chave de fenda (uma péssima ideia).
103 – Comente sobre os 3 principais processos nucleares: fusão, fissão e decaimento radioativo.
104 – Porque não se usa Th (Tório – 90) nas lâmpadas domésticas e se usa nas instalações industriais (minas).
105 – Em nossa escola é muito comum encontrarmos portas com trincos quebrados. Você sugeria ao Capitão Ronald que colocasse maçanetas de plástico ou de madeira? Justifique.
106 – Supondo que você é um cientista e está pesquisando um novo tipo de preservativo, quais seriam as vantagens e desvantagens de se usar o V com espermicida?
107 – Localizado no meio da linha dos metais terras raras, o Ga (Gadolínio) saiu da aparente situação de inútil para um potencial assassino do câncer. Explique esse comportamento.
108 – Justifique a frase:
“Se essas duas técnicas (radioterapia e quimioterapia) podem ser comparadas a bombas incendiárias, o gadolínio poderá um dia permitir que oncologistas façam ataques cirúrgicos sem cirurgia”.
109 – Mesmo tendo se mostrado benéfico no combate ao câncer, o Ga não é uma droga milagrosa. Tudo que nosso corpo não processa regularmente tem efeito colateral. Cite os do elemento 64.
110 – Tanto a Ag quanto o Cu podem ser usados como esterilizante, sendo o segundo mais aplicado, devido ao elevado preço do primeiro. Além disso, se houver ingestão da Ag, a pessoa fica com a pele azulada para sempre. Essa condição chamada argirina não é fatal. Pesquise imagens de pessoas com argirina e descreva como Stan Jones adquiriu aparência smurf.
111 – A exemplo do que aconteceu com Jones, os medicamentos não são elementos isolados. Contudo, alguns elementos têm tido um papel desproporcional. Isso tudo graças a desconhecidos cientistas. Para você qual a importância do conhecimento “antigo” nas descobertas modernas?
112 – O que é simetria quiral?
113 – Mesmo se considerando destro, todos nós somos canhotos. Explique.
114 – “O acaso só favorece a mente preparada” Em que contexto Louis Pasteur fez essa declaração?
115 – Explique como se deu a descoberta da eficiência do PRONTOSIL.
116 – Explique quimicamente a ação do PRONTOSIL.
117 – Em termos químicos, o que faz a vida viver?
118 – Descreva o problema gerado pela TALIDOMIDA durante sua comercialização em 1950.
119 – A grande sacada de William Knowles foi demonstrar que a matéria “morta” podia revigorar a matéria viva. Descreva como isso aconteceu.
120 – O que de há comum entre o PRONTOSIL Domagk e a levo-di-hidroxifenilalanina (L-dopa)?
121- Descreva os dois principais casos de perda ocorridos na Nasa e descritos no livro.
122- Uma atmosfera rica apenas em oxigênio é perigosa, e apenas rica em nitrogênio é letal. Explique essa afirmativa.
123- Muitas foram as tentativas de se construir próteses, desde a Antiguidade. E para isso, muitos materiais foram usados, principalmente metais. Contudo, o sistema imunológico rejeitava-os. Cite exemplos de metais usados com essa finalidade e explique porque havia a rejeição.
124- Como o Ti consegue “enganar” o sistema imunológico?
125- Alguns elementos conseguem enganar nosso sistema sensorial. O Te deixa cheiro de alho e o Be tem sabor doce. Porque possuindo essa característica o Be não é usado como um substituto do açúcar?
126- Porque dizem que Gandhi odiou o Iodo? Explique esse fato.
127- Porque para a Índia é tão problemática a adição de iodo ao sal?
128- A Polônia já foi considerada “PAÍS SOBRE RODAS” e “PARQUE DE DIVERSÃODE DEUS”. Porque essas denotações foram atribuídas a esse país europeu que era apenas um peão diante dos poderes coloniais da Índia de Gandhi?
129- Madame Curie foi ate hoje a única mulher a ganhar dois prêmios Nobel. Descreva por quais descobertas ela foi laureada.
130- Como em qualquer outra atividade humana, a ciência sempre foi sujeita à política – com maledicências, ciúmes e jogadas mesquinhas. Contudo o século XX fornece os melhores exemplos históricos de como a ação de um império pode distorcer a ciência. Quando do ganho de seu segundo Nobel Marie Curie, em uma referência ao seu inexistente país, denominou um dos elementos descobertos de POLÔNIO, pois ela supunha que sua ousada escolha chamaria atenção do mundo e isso revigoraria a luta da Polônia pela independência. Contudo não foi bem assim. Comente os fatos que realmente atraíram a atenção do público na trajetória de Madame Curie.
131- Mesmo tendo sido “batizado” por uma célebre e de certa forma polêmica personalidade – Madame Curie - o Po não carrega consigo uma boa carta de visita sendo mesmo dito a seu respeito que é inútil como metal. Comente as características desse elemento.
132- O Ra (rádio) foi o segundo elemento descoberto por Marie Curie. Faça um breve comentário sobre esse elemento.
133- Tanto Marie Curie como sua filha, Irene Joliot-Curie, morreram com leucemia, provavelmente causada pelo Po (polônio). Descreva um pouco da trajetória científica de Irene.
134- Descreva o pitoresco fato que contribuiu para o descobrimento dos rastreadores dos elementos químicos.
135- Como, mesmo sem querer, Bohr e Hevesy transformaram a pequena brecha (=fenda) entre a química e a física numa fissura política?
136- Os elementos de número atômico compreendido entre 57 e 71 possuem DNA de terras-raras. Contudo o elemento 72 é ambíguo. Justifique.
137- De brevium a protactínio. Essa foi a evolução do nome do elemento 91. Explique a origem desses nomes e porque houve a mudança.
138- Bronze e latão são duas ligas metálicas conhecidas desde a.C. A diferença entre as duas está na presença do estanho na primeira, e que é substituído pelo zinco (Zn) na segunda. Comente sobre a importância dessas duas ligas.
139- A pirita é conhecida como “ouro dos tolos mais tolos”. É possível diferenciá-la do ouro (Au) apenas prensando um pedaço entre os dentes. Comente sobre algumas propriedades do FeS2 e o Au.
140- Ouro (Au) é metal de poucos amigos. Exceto o Te (telúrio), nenhum outro elemento estabelece contato. Explique como se dá a ligação entre o Au e o Te e quais os produtos formados.
141- A falsificação de moedas contribuiu muito para o sucesso do papel moeda. Cite alguns incômodos que as moedas apresentavam e que tanto estimularam a sua substituição.
142- No texto é feito, uma descrição brilhante sobre o comportamento do elétron no interior do átomo. Faça um breve comentário sobre esse comportamento.
143- Qual a diferença entre FOSFORESCÊNCIA e FLOURESCÊNCIA?
144- Porque o Eu (európio) é considerado excelente agente contra a falsificação?
145- Como os funcionários do governo reconhecem notas de euro falsificadas?
146- Apesar dos problemas envolvendo a falsificação, muitos elementos foram usados como moeda corrente ao longo da história. Alguns como o antimônio, foram um fracasso.Já outros, como o cério salvaram a vida de pessoas que muito contribuíram para a construção da tabela periódica. Houve ainda o plutônio que foi considerado o novo ouro do mundo das finanças. Comente sobre esses dois últimos casos.
147- Nem precisa ser ouro nem prata. Grama por grama, o elemento mais valioso entre todos os que se podem comprar é o ródio. Mas ninguém ganhou dinheiro mais rapidamente que o químico Charles Hall com o alumínio. Descreva esse fato.
148- Dobereiner não tinha formação química e nem mesmo era bem conceituado intelectualmente. Seu currículo era fraco, com pouco destaque científico. Contudo, ao ser convidado por Goethe para assumir uma cadeira aberta em química na Universidade de Jena, teve oportunidade de reverter sua história. Descreva como Dobereiner chegou ao estrôncio e as tríades.
149- O que foi a “luz de Dobereiner”? Como funcionava?
150- De modo especial, eu gosto muito de canetas, mas nada que possa ser considerado uma fixação. Contudo, sabemos que existem os colecionadores e esses são capazes de pagar verdadeiras fortunas pelo status de possuir uma caneta com grife. A marcar Parker fez muito sucesso com os modelos, Duofold, Vacumatic e a Parker 51. Comente sobre esse último modelo, porque fez tanto sucesso e o que levou-o a sua decadência.
151- Descreva o auge e a decadência do experimento de Pons e Fleischmann.
152- No livro foram citados três casos de ciência patológica: o de Crookes, Pons e Fleischmann e Rontgen. A que descoberta esses casos estavam relacionados e o que é a ciência patológica.
153- Robert Falcon Scott liderou uma expedição frustrada a Antártida. Ao chegar no local encontrou uma andeira norueguesa e uma carta, o que indicava outros haviam estado lá primeiro. O retorno foi devastador. Devido a sua popularidade as pessoas preferiram culpar o estanho ao Scott. Descreva as características desse valioso metal.
154- Em sala de aula vimos que é possível existir compostos de gases nobres como o XeF4 e o XeF6. Explique sob quais condições os compostos de Kr (criptônio) e Rn (radônio) podem ser formados.
155- Explique a teoria BCS da supercondutividade.
156- O que são e como podem surgir os káions, múons e píons?
157- Ao longo do desenvolvimento científico foi possível perceber que as bolhas vão além de meros brinquedos. Um dos elementos químicos que está disposto a formar bolhas é o cálcio (Ca). As células estão para os tecidos assim como as bolhas estão para a espuma e o melhor exemplo de uma estrutura de esponja no nosso corpo é o osso esponjoso. Ossos enriquecidos com o cálcio são tão fortes quanto as espumas e muito mais leves. Identifique características do cálcio e justifique porque ele é tão importante para a formação da estrutura óssea.
158- O que é ciência intuitiva? Como essa ciência adotou o estudo da bolha?
159- Porque o zircônio é considerado uma pedra no sapato das casas de penhores? Qual sua relação com os diamantes?
160- Explique porque o Ar, Xe e Kr – gases nobres – funcionavam tão bem na pesquisa de Putterman, sobre sonoluminescência.
161- Todos os países devem possuir um protótipo do Quilograma. Descreva o material que compõe o Quilograma e como deve ser uma calibragem.
162- Atualmente, como é definido o metro e o segundo?
163- O dizia o “Paradoxo de Fermi”?
164- Como sabemos e também por meio da atual leitura, o Mg (magnésio) não é tão importante quanto o O (oxigênio) e C (carbono) mas tem seu valor. Identifique sua importância para as criaturas primitivas.
165- O ástato é o mais raro elemento natural e muito mais resistente que seu vizinho Fr (frâncio). Identifique semelhanças e diferenças entre esses dois elementos.
166- Explique sobre a ilha da estabilidade.
167- No capítulo 19 é feita a sugestão de mudança na arquitetura da tabela periódica. Você concorda? Justifique sua resposta usando seus conhecimentos químicos que até aqui foram amplamente aprimorados.

Os Botões de Napoleão - (CAPÍTULO 1) Noz, Pimenta e Cravo da Índia


Os Botões de Napoleão - (CAPÍTULOS 12 E 13) Moléculas da Bruxaria / Morfina, Nicotina e Cafeína


SUGESTÃO DE LEITURAS,que ainda não fiz.....

 

hoffmann
O mesmo e o não-mesmo
Roald Hoffman
Tradução: Roberto Leal Ferreira
Editora Unesp
2007, 344 págs, R$ 50
Esse eu indicaria para quem já gosta de Química e de alguma forma está envolvido com ela, principalmente vestibulandos, graduandos e pós-graduandos. O mesmo e o não-mesmo é um elogio crítico à ciência das moléculas. Roald Hoffmann, prêmio Nobel de Química em 1981 e homem das letras (poeta e dramaturgo), procura seduzir o leitor por meio das dicotomias e contradições que cercam o mundo químico.
“Não há jeito de uma ciência que trata fundamentalmente da mudança ser encarada de modo inteiramente positivo por seres humanos, que são, no fundo, ambivalentes em relação às mudanças”, escreve ele. O livro traz uma coletânea de ensaios curtos (às vezes curtos demais, eu acho) nos quais ele explora as relações da Química com a Economia, a Literatura, a História. “Com seu enfoque levemente junguiano (mantido em nível baixo para não assustar meus colegas de profissão), ele [o livro] fornece algumas indicações sobre como a Química se relaciona com a psique”, explica o autor no prefácio. O problema, a meu ver, é que às vezes Hoffmann pega um pouco pesado na hora de descrever métodos, equações, fórmulas, de modo a assustar (ou entediar) aqueles que não são nem pretendem ser seus colegas de profissão. Mesmo assim, é um livro instigante.

sacks
Tio Tungstênio – Memórias de uma infância química
Oliver Sacks
Tradução: Laura Teixeira Mota
Companhia das Letras
2002, 340 págs., R$ 58
 
Muita gente já conhece Olive Sacks e citaria como seus principais sucessos O homem que confundiu sua mulher com um chapéu, Um antropólogo em Marte, Enxaqueca etc. Mas alguém aí leu Tio Tungstênio? Aposto que poucos.
Neste livro de 2001, o neurologista britânico (radicado nos EUA) não fala sobre seus pacientes nem sobre os mistérios do cérebro. Ele narra sua própria infância, que foi movida pela curiosidade em relação à matéria. O pequeno Oliver encanta-se com o brilho e o peso dos metais, questiona-se sobre a natureza dos materiais, descobre do que é feita a luz, a eletricidade, o átomo. E nesse percurso aproveita para apresentar ao leitor grandes nomes da Química, como Lavoisier, Mendeleiev, Marie Curie, Robert Boyle, entre outros. É um livro que ensina muito sobre o papel que a curiosidade científica na infância, se bem cultivada, pode ter na vida de um ser humano adulto. Você não precisa gostar de Química para ler Tio Tungstênio. E se já curte os livros de Oliver Sacks, vai ser deliciar ainda mais descobrindo como foi a infância do doutor mais charmoso de Nova York. Aí vai um trecho:
“Eu adorava o amarelo do ouro, seu peso. Minha mãe tirava a aliança do dedo e me deixava pegá-la um pouco, comentando que aquele material se mantinha sempre puro e nunca perdia o brilho. ‘Está sentindo como é pesado?’, ela acrescentava. ‘Mais pesado até do que o chumbo.’ Eu sabia o que era chumbo, pois já segurava os canos pesados e maleáveis que o encanador uma vez esquecera lá em casa. O ouro também era maleável, minha mãe explicou, por isso, em geral, o combinavam com outro metal para torná-lo mais duro.”

primoA tabela periódica
Primo Levi
Tradução: Luiz Sérgio Henriques
Relume-Dumará
1994, 255 págs.
Este livro do italiano Primo Levi foi escolhido em 2006 pela Royal Institution britânica como o melhor livro de ciência de todos os tempos, tendo ganhado de concorrentes como Charles Darwin e Richard Dawkins. O que espanta é que A tabela periódica não trata de ciência, nem sequer pode ser classificado como divulgação científica. São apenas as memórias de um químico judeu, sobrevivente de Auschwitz, que se tornou um grande escritor. Por causa dos distúrbios da guerra, Levi não conseguiu seguir carreira acadêmica, mas trabalhou toda a vida na indústria química (exceto no período em que foi prisioneiro dos nazistas). Cada capítulo tem o nome de um elemento químico, que ele associa, direta ou metaforicamente, a uma etapa de sua vida. Você pode até odiar Química, mas será difícil ficar indiferente à beleza de seus relatos. Esse parágrafo é um de meus favoritos:
“Destilar é bonito. Antes de tudo, porque é um ofício lento, filosófico e silencioso, que te mantém ocupado, mas deixa tempo para pensar noutras coisas, um pouco como andar de bicicleta. Mais ainda, porque comporta uma metamorfose: de líquido a vapor (invisível), e deste novamente a líquido; mas neste caminho duplo, para cima e para baixo, atinge-se a pureza, condição ambígua e fascinante, que parte da química e vai muito longe. E finalmente, quando te propões a destilar, adquires a consciência de repetir um rito já consagrado por séculos, quase um ato religioso em que a partir de uma matéria imperfeita obténs a essência, o usía, o espírito e, em primeiro lugar, o álcool, que alegra o ânimo e aquece o coração. Levei dois dias inteiros para obter uma fração de pureza satisfatória: para esta operação, dado que devia trabalhar continuamente com chama, me fechei voluntariamente num pequeno aposento do primeiro andar, deserto e vazio, distante de toda a presença humana.”