segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

SUGESTÕES, SUGESTOES e MAIS SUGESTÕES.....

BEM, O ANO ESTÁ QUASE TERMINANDO, PODEMOS ATÉ MESMO CONSIDERAR QUE TERMINOU. AQUI QUERO DEIXAR UM FORTE ABRAÇO A TODOS QUE AO LONGO DESSE ANO ACESSARAM O BLOG E ME IMPULSIONARAM A PROCURAR CADA VEZ MAIS NOVIDADES NA REDE. BEM, COMO NÃO PODERIA DEIXAR PASSAR.... EIS QUE ESTAVA FAZENDO UMA DAQUELAS LEITURAS QUE SUGERI A VOCÊS EM LEITURAS QUE NÃO FIZ, E ENCONTREI UM LINK NO TEXTO QUE ME MOTIVOU A FAZER UM PASSEIO PELA WEB, E TAN TAN TAN TAN: ENCONTREI UM PÁGINA DA SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ MUITO INTERESSANTE. LÁ TEM MAIS SUGESTÕES DE LEITURA E MELHOR, TEM UNS LIVROS DE LEITURA RÁPIDA E GRATUITOS. ASSIM FICA A SUGESTÃO:http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=150

ÓTIMA LEITURA......
Profa.: Edneide Silva

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

PONTE DE ELÉTRONS

ACESSO: 22/12/2014 as 07:58h



O grafeno pode duplicar a produção de energia elétrica em biocélulas a combustível, como demonstrou um grupo de pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do ABC (Ufabc), em Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo. Descoberto em 2004 por Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, o grafeno, além de render o Prêmio Nobel de Física aos dois pesquisadores pelos experimentos realizados, provocou uma corrida mundial em busca da utilização desse novo material caracterizado por ser uma folha de carbono com espessura atômica e detentor de propriedades elétricas, mecânicas e ópticas.
Os pesquisadores brasileiros, sob a liderança do professor Frank Crespilho, do IQSC-USP, mostraram no artigo de capa da edição de setembro da revista Physical Chemistry Chemical Physics que folhas de óxido de grafeno presas em fibras flexíveis de carbono facilitam a transferência de elétrons em biocélulas a combustível, dispositivos que convertem energia química em energia elétrica com a ajuda de enzimas e podem ter como combustível, por exemplo, a glicose existente no sangue para suprir de eletricidade marca-passos ou dispensadores subcutâneos de medicamentos. As biocélulas são uma fonte de energia alternativa ainda restrita a laboratórios. As biocélulas desenvolvidas em São Carlos são semelhantes a baterias e possuem dois eletrodos de fibra de carbono flexível, o cátodo, o polo positivo, e o ânodo, negativo. Elas são uma das mais recentes novidades em estudos no campo das fontes energéticas. Uma das opções de combustível para esse dispositivo é o uso da garapa, o caldo de cana repleto de açúcares.
© FRANK CRESPILHO / USP
fibra flexível de carbono utilizada nos eletrodos
Fibra flexível de carbono utilizada nos eletrodos
 
As biocélulas podem ter tamanho microscópico ou serem maiores, do tamanho de pequenas caixas plásticas que podem receber a garapa para gerar eletricidade e recarregar baterias de celulares, tablets ou até notebooks. Uma célula pode fornecer uma tensão elétrica um pouco maior que 1,0 volt (uma pilha do tipo AA, por exemplo, tem 1,5 volt). O grupo de Crespilho já trabalha com esses equipamentos desde 2010 (ver Pesquisa FAPESP nºs 182 e 205). Pensando em melhorar o desempenho elétrico desses dispositivos, os pesquisadores colocaram folhas de óxido de grafeno entre o eletrodo e a enzima glicose oxidase. Com isso, a transferência de elétrons para a célula aumentou em pelo menos duas vezes, o que representa o dobro de produção de eletricidade.
O processo de liberação de elétrons ocorre pela oxidação da glicose, que acontece na superfície do ânodo, onde é colocada a enzima glicose oxidase produzida a partir do fungo Aspergillus niger. Com isso, os elétrons são transferidos para a superfície do eletrodo da biocélula que os utiliza como eletricidade. Esse fluxo de elétrons passa para o outro eletrodo, o cátodo, onde o oxigênio é reduzido. O processo conhecido como oxirredução se refere à oxidação (perda de elétrons) da glicose e redução (ganho de elétrons) do oxigênio, ambos dissolvidos no sangue.
A presença do grafeno transforma-se numa espécie de ponte ao diminuir a distância entre o centro da enzima e a superfície dos eletrodos de carbono, facilitando a passagem dos elétrons. “Já mostramos que ele funciona melhor que os nanotubos de carbono porque aproveita melhor as propriedades da enzima. Recentes estudos mostraram ainda que os nanotubos podem degradar a glicose oxidase, o que não acontece quando usamos grafeno”, diz. Crespilho, que atualmente passa um período como professor visitante no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). “Estou num projeto que visa compreender como o DNA e outras biomoléculas, como proteínas, interagem com a superfície de outros materiais no aspecto de transferência de carga elétrica”, conta. “A ideia é fortalecer essa área em São Carlos e aplicar no futuro esses conhecimentos em bioeletrônica molecular.”
 
© FRANK CRESPILHO / USP
Fibra de carbono é esfoliada para produção
Fibra de carbono é esfoliada para produção
 
Infraestrutura da alemanhaAlém do óxido de grafeno em fibras flexíveis, Crespilho aguarda a construção de uma biocélula a combustível com folhas individuais de grafeno que um aluno seu do IQSC está montando no Instituto Max Planck, na Alemanha. “Deverá ser a biocélula mais fina já construída”, diz Crespilho. “Ainda não temos no Brasil toda a infraestrutura para fazer esse dispositivo, que deverá ter dois eletrodos com a espessura de menos de um nanômetro (equivalente a um milímetro dividido por um milhão)”, diz. Por isso, o doutorando Rodrigo Iost, com bolsa da FAPESP, vai tentar montar até o fim do ano essa nova biocélula. “Tivemos no ano passado um projeto temático [financiado pela FAPESP durante quatro anos] aprovado sob a coordenação do professor Osvaldo Novais, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP. Esse projeto vai melhorar a nossa infraestrutura e vai permitir a produção de novos filmes nanoestruturados para aplicação biológica. Aí conseguiremos construir os biodispositivos e vamos aplicá-los não só em biocélulas, como também em aparelhos bioeletrônicos implantáveis”, diz Crespilho. O projeto em bioeletrônica molecular desenvolvido pelo grupo é também vinculado ao Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (Ineo-INCT), com sede no IFSC em São Carlos.
Projetos1. Interação entre biomoléculas e sistemas celulares com nanoestruturas OD, 1D e 2D utilizando métodos eletroquímicos (nº 2009/15558-1); Modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular; Pesquisador responsável Frank Crespilho (USP); Investimento R$ 92.262,80 e US$ 50.821,57 (FAPESP).2. Estudo Bioeletroquímico de enzimas oxidoredutases imobilizadas em nanomateriais do tipo 1D e 2D (n º 2013/15433-0); Modalidade Bolsa no Exterior – Regular – Estágio de Pesquisa – Doutorado; Pesquisador Responsável Frank Crespilho (USP); Bolsista Rodrigo Iost (USP); Investimento R$ 93.415,01 (FAPESP).
3. Filmes nanoestruturados de materiais de interesse biológico (nº 2013/14262-7); Modalidade Projeto Temático; Pesquisador Responsável Osvaldo Novais (USP); Investimento R$ 1.150.950,14 (FAPESP).
Artigo científico
MARTINS, M.V. A. et al. Evidence of short-range electron transfer of a redox enzyme on graphene oxide electrodes. Physical Chemistry Chemical Physics. v. 16 n. 33 p. 17349–18044. set. 2014.

ESPUMA DE ÓXIDO DE GRAFENO E NITRETO DE BORO É LEVE E RESISTENTE

ACESSO: 22/12/2014 as 07:54h
 
 

Associada a outras moléculas, a folha de átomos de carbono que dá forma ao grafeno pode adquirir propriedades ainda mais surpreendentes. Uma equipe de pesquisadores da Universidade Rice (EUA), com participação de físicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolveu um tipo de esponja extremamente leve, resistente e maleável a partir de uma reação química que junta uma variante desse material, o óxido de grafeno (GO), e a forma hexagonal do nitreto de boro (BN), composto sintético usado como lubrificante e aditivo em cosméticos. Amostras da esponja de uns poucos centímetros de tamanho foram comprimidas com moedas de um centavo de dólar e retomaram sua forma inicial sem problemas. A estrutura nanométrica do novo material, denominado GO-0.5BN, se assemelha às entranhas de um prédio em construção: os pisos e as paredes se montam sozinhos a partir de uma base de folhas de óxido de grafeno reforçada por placas de nitreto de boro. A densidade do GO-0.5BN é 400 vezes menor do que a do grafite.
Formado apenas por ligações de átomos de boro e nitrogênio, o nitreto de boro apresenta uma configuração hexagonal semelhante à do grafeno, ao qual se encaixa sem maiores problemas e confere maior resistência e maleabilidade mecânica. “O novo material é estável do ponto de vista químico e térmico e pode ser usado em sistemas para armazenar energia, como supercapacitores e eletrodos de bateria, e absorver gases”, diz Douglas Galvão, do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp, que participou do estudo. “O nitreto de boro reforça a estrutura do óxido de grafeno, que apresenta alguns buracos e pode se tornar quebradiça em certos pontos”, explica o físico teórico Pedro Alves da Silva Autreto, que faz pós-doutorado na Unicamp com bolsa da FAPESP e passou uma temporada na Rice, onde realizou simulações computacionais sobre as características do GO-0.5BN. O processo usado para obter a esponja e suas propriedades foram apresentados em artigo científico publicado em 29 de julho na revista Nature Communications.
O óxido de grafeno mantém praticamente as mesmas propriedades do grafeno puro, mas sua obtenção é mais simples e barata. Por isso, os pesquisadores preferiram usá-lo em seus experimentos. Ele pode ser produzido em grande quantidade por meio da esfoliação química do óxido de grafite. A presença de átomos de oxigênio em meio à colmeia hexagonal de carbonos do grafeno confere outra vantagem ao composto: é mais fácil fazer pilhas de folhas de óxido de grafeno – e assim criar camadas ao mesmo tempo extremamente resistentes e finas – do que apenas de grafeno. “Esperávamos que a adição de nitreto de boro ao óxido de grafeno gerasse uma nova estrutura, mas não exatamente com o ordenamento de camadas que descobrimos”, afirma a engenheira elétrica Soumia Vinod, da Universidade Rice, primeira autora do paper sobre a esponja.
As placas de nitreto de boro hexagonal estão distribuídas uniformemente por todos os andares e as paredes da estrutura interna do material que compõe a esponja. Sua presença mantém unidas as folhas de óxido de grafeno que funcionam como uma espécie de esqueleto do GO-0.5BN. Segundo Vinod, as placas absorvem o estresse decorrente da compressão e do esticamento da esponja, evitam que os pisos de óxido de grafeno desmoronem ou apresentem rachaduras e aumentam a estabilidade térmica do composto.
Sem patenteAté chegar à formulação química da esponja apresentada no artigo científico, os pesquisadores testaram versões do novo material com diferentes proporções de seus dois ingredientes. Enquanto o pessoal da Rice misturava distintas quantidades de óxido de grafeno e de nitreto de boro, ambos os compostos na forma de pó, Autreto realizava simulações no computador tentando prever as propriedades do material em gestação e fornecer parâmetros para seus colegas refinarem o trabalho de bancada. “Eu era o único físico teórico em meio a 50 pesquisadores da área experimental do grupo do professor Pulickel Ajayan”, afirma Autreto, referindo-se ao período em que ficou na universidade americana. A versão mais estável da esponja foi a que devia metade do peso final à presença de nitreto de boro na mistura. O óxido de grafeno interage com o nitreto de boro devido à ação de catalisadores químicos. O produto final da reação, o material esponjoso, é liofilizado, ou seja, é congelado e perde sua água por sublimação. A esponja apresenta a forma do recipiente em que foi gerada. “Uma vez que tenhamos em mãos as quantidades necessárias de óxido de grafeno e de nitreto de boro hexagonal, gastamos de dois ou três dias para produzir a espuma”, explica Vinod.
Por ora, a esponja nanoestruturada que não se deforma e pode armazenar energia ou absorver gases não foi protegida por uma patente comercial. A parceria da Unicamp com a Rice deve continuar e render novos trabalhos. “Dois pós-doutores de nossa equipe vão se juntar ao grupo do professor Ajayan para continuar a colaboração”, afirma Galvão, que foi o orientador do mestrado e do doutorado de Autreto e supervisiona seu pós-doutorado.
ProjetoPropriedades estruturais, mecânicas e de transporte de grafeno e estruturas relacionadas (nº 11/13259-7); Modalidade Bolsa de pós-doutorado; Pesquisador responsável Douglas Soares Galvão (IFGW/Unicamp); Bolsista Pedro Alves da Silva Autreto; Investimento R$ 139.310,43 (FAPESP).
Artigo científicoVINOD, S. et al. Low-density three-dimensional foam usings elf-reinforced hybrid two-dimensional atomic layers. Nature Communications. 29 jul. 2014.

A CONSTRUÇÃO DE UM MEDICAMENTO



ACESSO: 22/12/2014 as 07:46h
Nos próximos meses, seis mulheres que passaram por cirurgia ou quimioterapia para combater o câncer de ovário no hospital da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, devem receber um tratamento de reforço com um composto experimental desenvolvido por instituições de pesquisa e uma empresa brasileiras, o anticorpo monoclonal RebmAb 200. Com essa terapia de apoio, os pesquisadores esperam eliminar as células tumorais que eventualmente possam ter escapado ao tratamento inicial ou que já haviam se espalhado antes mesmo de o problema ter sido diagnosticado. No vídeo produzido pela equipe de Pesquisa FAPESP, a imunologista Ana Maria Moro, do Instituto Butantan, e o físico e engenheiro José Fernando Perez, ex-diretor científico da FAPESP e presidente da empresa Recepta Biopharma, explicam como essa estratégia busca evitar o restabelecimento de células malignas nos ovários ou sua migração para outros órgãos.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

TORNEIO VIRTUAL DE QUÍMICA 2014

Aos interessados, já está disponível as provas aplicadas com o devido gabarito nas três fases do último TVQ.
Para ter acesso, basta clicar no link:http://www.torneiovirtualdequimica.com.br/exames.php
Bons estudos!

MENOS ÓXIDO NITROSO NA ATMOSFERA

DISPONÍVEL: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/12/menos-oxido-nitroso-na-atmosfera
ACESSO: 15/12/2014 as 07:00h



Pesquisa investiga uso de substância para reduzir a emissão desse gás poluente pelo rebanho bovino no Brasil. Formado a partir da urina desses animais, o gás é um dos responsáveis pela intensificação do efeito estufa.
Por: Thaís Scuissiatto Macedo
Publicado em 08/12/2014 | Atualizado em 08/12/2014
Menos óxido nitroso na atmosfera
Gado bovino em área experimental da UFPR. Em contato com o solo,
a urina dos animais libera óxido nitroso, um dos gases do efeito estufa.
(foto: divulgação/ UFPR)        
           
O efeito estufa é um fenômeno natural de grande importância, pois garante a vida na Terra ao mantê-la aquecida. Mas o aumento da emissão dos gases responsáveis por sua ocorrência (vapor de água, dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, entre outros) causou um desequilíbrio energético na superfície do planeta, dando origem ao que se conhece como aquecimento global.
Embora o efeito estufa tenha se tornado bastante conhecido nos últimos tempos, pouca gente sabe que, além da queima de combustíveis fósseis, a criação de gado é um dos principais responsáveis pelo fenômeno.
Já se sabe que a flatulência, principalmente arrotos, de bois e ovelhas, eleva as emissões de gás metano (CH4) na atmosfera. Na Nova Zelândia, cientistas calculam que ela seja responsável por 90% das emissões de CH4 no país e mais da metade dos gases de efeito estufa.
Já a urina bovina gera óxido nitroso (N2O), outro gás-estufa de grande poder poluidor. Por essa razão, buscam-se formas de minimizar seus danos ao meio ambiente. Com resultados promissores, uma delas está em curso no Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A urina bovina é rica em ureia e, em contato com o solo, promove reações químicas que levam à liberação de N2O. Ao ganhar a atmosfera, esse gás bloqueia a saída de raios solares do ambiente terrestre, acentuando o efeito estufa.
Com um rebanho bovino estimado em mais de 200 milhões de cabeças, o Brasil é o principal emissor de óxido nitroso na América Latina e no Caribe, sendo responsável por cerca de 40% das emissões na região.
Para tentar reduzir esse percentual, os pesquisadores da UFPR vêm testando o emprego de uma substância que impede a formação de N2O. A dicianodiamida, mais conhecida como DCD, bloqueia as reações que levam à formação do gás poluente ao inibir o processo de nitrificação que age sobre o amônio liberado no solo via urina.
Teste com dicianodiamida
O estudo realizado na UFPR avalia o desempenho da dicianodiamida
na redução de óxido nitroso na região subtropical do Brasil.
 (foto: divulgação/ UFPR)
No estudo, que ainda está em fase experimental, os pesquisadores aplicam urina de vaca em porções do solo e em seguida as pulverizam com DCD. Medições feitas diariamente apontam a quantidade de N2O liberado no ambiente nessas condições. “O uso do inibidor diminui a emissão de óxido nitroso em até 20%”, conta a engenheira agrônoma Priscila Simon, responsável pelo projeto.

Uso na prática

O DCD já é utilizado para reduzir a emissão de óxido nitroso em outros países, mas sua eficiência no Brasil é questionada, devido principalmente às condições climáticas, que interferem no tempo de ação do produto no solo.
“Em regiões de clima temperado, a substância chega a reduzir as emissões em até 60%, como é o caso da Nova Zelândia”, explica Simon. Para melhor controle dos resultados no clima tropical e subtropical do Brasil, é preciso avaliar os fluxos de emissão durante as quatro estações do ano.
Para uso em larga escala nas fazendas, o DCD poderia ser pulverizado sobre os pastos. Além de minimizar a formação do gás, o inibidor ainda apresenta outra vantagem: impede a formação de nitrato no solo. Esse composto é responsável por poluir mananciais por causa de sua elevada capacidade de lixiviação no perfil do solo.
A pesquisadora lembra que ainda é preciso conhecer melhor a viabilidade econômica do uso comercial da substância. Se o percentual de redução da emissão do gás, que agora é de 20%, aumentar, talvez o uso comercial seja viável.
“Mas o estudo de viabilidade econômica não é o objetivo da pesquisa”, afirma Simon. “O trabalho realizado por nossa equipe concentra-se em avaliar a redução da emissão de óxido nitroso na área subtropical brasileira.”
O estudo coordenado pela equipe de Simon foi premiado em outubro último, durante a 1ª Conferência sobre Gases de Efeito Estufa em Sistemas Agropecuários da América Latina, que reuniu 80 participantes de 15 países em Osorno, no Chile.

Thaís Scuissiatto Macedo
Especial para a CH On-line/ PR

ADOÇANTE ENGORDA???

ACESO: 15/12/2014 as 6:53h
 
 
 
Estudo revela que adoçantes artificiais não calóricos podem aumentar teores de glicose no sangue e que a expectativa de emagrecer ou engordar depende em grande parte da microbiota do indivíduo, cuja composição se mostrou alterada com o uso desses produtos.
Por: Franklin Rumjanek
Publicado em 09/12/2014 | Atualizado em 09/12/2014
Dieta enganosa
Entre pessoas não diabéticas, encontraram-se várias correlações entre o uso de adoçantes e aspectos como ganho de peso, medidas de obesidade abdominal, altos níveis de glicose sanguínea, entre outros.
(foto: Senado Federal/ Flickr – CC BY 2.0)        
           
Já comentamos anteriormente na Ciência Hoje que o número de bactérias normalmente abrigadas pelo corpo humano supera em pelo menos 10 vezes o número de células que compõem seus diferentes tecidos e órgãos. Assim, tomando apenas o aspecto quantitativo, temos uma natureza mais bacteriana que humana. Entretanto, os taxonomistas, que levam em consideração os caracteres anatômicos macroscópicos, não têm dificuldade em classificar um indivíduo saudável, no qual as bactérias permanecem restritas ao sistema digestório, como pertencente à espécie Homo sapiens.
Já sabíamos que esses comensais têm um papel fisiológico em nossas vidas, já que são os responsáveis pela síntese das vitaminas B e K, além de auxiliarem na digestão de ácidos biliares e esteróis. O que talvez seja novidade é a importância crescente que a microbiota exibe em relação a muitos outros parâmetros fisiológicos. Descobertas recentes vão nos forçar a revisar conceitos tradicionais e finalmente aceitar que até o estilo de vida de um indivíduo, com suas dietas e hábitos, tem muito mais envolvimento com a flora intestinal do que supúnhamos.
A composição da microbiota, por exemplo, é considerada um fator que predispõe à chamada síndrome metabólica. Indivíduos com essa síndrome têm pelo menos três das seguintes anomalias: obesidade abdominal, pressão alta, glicose elevada, alta taxa de triglicerídeos e níveis baixos do colesterol ‘bom’ (HDL). Outra situação ligada à microbiota envolve os adoçantes artificiais não calóricos (AANC), como sacarina, sucralose e aspartame.
Consumidos por milhões de pessoas, eles são classificados de não calóricos por não sofrer metabolização: passam intactos pelo sistema digestório e são excretados. Em trabalho recentemente publicado on-line na revista Nature, Jotham Suez e colegas apresentaram resultados impressionantes, revelando que a expectativa de emagrecer ou engordar depende em grande parte da microbiota.
Remédio
É possível que, em breve, a chamada medicina personalizada tenha que levar em conta um prontuário que contenha não apenas a composição gênica, mas também a da microbiota do indivíduo.
(foto: Rodrigo Tejeda/ Flickr – CC BY-NC-ND 2.0)
Para começar, os AANC induziram rapidamente (em horas) intolerância à glicose, isto é, produziram níveis aumentados de glicose sanguínea semelhantes aos encontrados em diabéticos. Os AANC também modificaram a própria composição da microbiota – vale lembrar que a dieta age como fator seletivo das bactérias intestinais e que, dependendo da população prevalente, a obesidade pode ser uma consequência.
O grupo também mostrou que antibióticos podem abolir as alterações metabólicas induzidas pela microbiota e que o transplante desta para outros animais reproduzia neles o quadro dos animais doadores.

Adoçantes engordam

Esses resultados foram obtidos em camundongos, mas foi possível estabelecer uma ponte com humanos por meio da pesquisa de hábitos nutricionais em 381 indivíduos não diabéticos. Nesse grupo, foram encontradas várias correlações positivas entre o uso desses adoçantes e aspectos como ganho de peso, medidas de obesidade abdominal, altos níveis de glicose sanguínea e outros. Destaque-se aqui o resultado que aponta que, para certas populações, o consumo de adoçantes engorda!
As bactérias, no entanto, vão além: afetam a resposta do corpo ao tratamento médico. Em 2013, trabalho publicado na revista Science por Sophie Viaud e colegas mostrou que a ciclofosfamida, droga que estimula respostas imunes antitumorais usada na quimioterapia do câncer, age alterando a composição da microbiota de modo análogo ao descrito acima para os AANC. A ciclofosfamida induz a translocação de cepas de certo tipo de bactérias (Gram-positivas) do intestino para os órgãos linfoides, onde, então, a resposta imune é estimulada.
O que fica claro, nos estudos descritos aqui e em muitos outros, é a interação muito próxima que ainda existe entre nós e nossos ancestrais, as bactérias. É inteiramente possível que, em breve, a chamada medicina personalizada tenha que levar em conta um prontuário que contenha não somente a composição gênica, mas também a da microbiota do indivíduo.

Franklin Rumjanek
Instituto de Bioquímica Médica
Universidade Federal do Rio de Janeiro

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

ANESTESIA APAGA MEMÓRIAS RUINS

DISPONÍVEL: REVISTA SUPER INTERESSANTE, EDIÇÃO DE NOV. 2014, PÁG.10
 
 
O gás xenônio, que é usado em faróis de carro e também como anestésico, tem uma terceira utilidade: eliminar memórias traumáticas. Pelo menos em cobaias de laboratório. A descoberta é de cientistas americanos, que submeteram um grupo de ratos a uma situação desagradável, quando tocava um determinado som, eles levavam um choque. As cobaias que inalaram xenônio se esqueceram desse fato e passaram a ignorar o alerta sonoro. O efeito acontece porque o gás bloqueia a ação de um aminoácido chamado NMDA, que é necessário para a preservação das memórias.

METAIS PROMISSORES

DISPONÍVEL: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/11/metais-promissores
ACESSO: 08/12/2014 as 10:31h


Complexos metálicos podem ser base de novos medicamentos contra doença de Chagas e leishmaniose. Em laboratório, substâncias contendo em sua estrutura íons de cobre ou zinco se mostraram eficientes contra os parasitas causadores dessas enfermidades.
Por: Lucas Lucariny
Publicado em 14/11/2014 | Atualizado em 14/11/2014
Metais promissores
Réplica de um ‘Trypanosoma cruzi’, causador da doença de Chagas, sobre hemácias (células do sangue). O parasita teve algumas de suas proteínas inibidas ao ser exposto aos complexos metálicos desenvolvidos na USP.
 (foto: divulgação Instituto Adolfo Lutz)
 
                   
       Pode ter surgido um novo caminho para tratar a doença de Chagas e a leishmaniose. No Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), foram desenvolvidos complexos metálicos que se mostraram eficientes no combate aos parasitas causadores das duas doenças e podem ser futuramente utilizados na produção de medicamentos.
       Tais complexos foram obtidos a partir de íons metálicos abundantes na natureza, como zinco e cobre, encontrados inclusive no organismo humano, onde desempenham funções essenciais. Em testes de laboratório, quando ligados quimicamente a certas moléculas orgânicas especialmente desenhadas para essa finalidade, eles se mostraram ativos contra o parasita Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. Análises preliminares também apontaram sua eficácia contra a Leishmania, que provoca a leishmaniose. Essas enfermidades atingem principalmente populações de baixa renda de países pobres e em desenvolvimento e recebem investimentos reduzidos para seu controle. Por isso, são classificadas como doenças negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde.
     Segundo a química Ana Maria da Costa Ferreira, que liderou as pesquisas, os resultados foram altamente positivos. Os pesquisadores prepararam em laboratório diferentes compostos com estruturas variadas e determinaram quais concentrações de cada um deles são capazes de matar 50% dos parasitas nas amostras analisadas, o que atesta sua eficiência. “Com os testes realizados, já temos diversas evidências sobre o mecanismo de ação desses compostos metálicos, que inibem proteínas específicas dos parasitas, ajudando a combatê-los”, explica.
     Até o momento, somente testes in vitro foram feitos. Ainda é necessário realizar pesquisas com seres vivos para verificar possíveis efeitos colaterais dos complexos metálicos. Se os resultados forem positivos, são grandes as chances de os compostos se tornarem base para futuros medicamentos contra essas doenças. Um pedido de patente já foi depositado pela Agência USP Inovação junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
     
“Não temos nenhum estudo ainda sobre a aplicação em medicamentos, mas podemos afirmar que os compostos testados são potenciais candidatos a agentes farmacológicos”, diz Ferreira. Segundo a pesquisadora, ainda não há uma estimativa de custo para o desenvolvimento de fármacos a partir desses complexos metálicos, mas ela acredita que não seja algo caro. “As matérias-primas utilizadas para a preparação dos compostos são de fácil obtenção”, justifica.
 
     Atualmente, o tratamento da doença de Chagas e da leishmaniose é feito com medicamentos injetáveis que costumam causar fortes efeitos colaterais, como dores de cabeça, tontura, perda de peso, náuseas e vômitos. Segundo Ferreira, o grupo de pesquisa da USP vem trabalhando para que os complexos metálicos recém-desenvolvidos não apresentem o mesmo problema. “Pretendemos aprofundar os estudos sobre possíveis mecanismos de ação desses compostos, visando identificar quais são os seus alvos biológicos preferenciais e assim evitar possíveis efeitos adversos nas pessoas”, acrescenta.

Lucas Lucariny
Ciência Hoje On-line
 

SEMINÁRIOS 1º ANO 2014


Organizando o cenário....
Livro trabalhado.


Patrícia, Ysla, Thais e Anne.....apresentando seu trabalho.

Janine, Amanda, KarollinE, Arielly e Lucas Sabino, em sua apresentação.

Rhuan, Mailton.....prestando MUITA ATENÇÃO.....NA FOTO!





NERVOSISMO, antes do início...

9º ANOS 2014......

QUANTA ANIMAÇÃO!!!!!!

ATÉ A Profa. IRACY ENTROU NA FESTA!!!!

OLHA A Profa. CIBELY TAMBÉM....TODAS ANIMANDO A COMEMORAÇÃO!!!!



SÁ ALEGRIA......

SENTIREI SAUDADES DAS PERGUNTAS ELABORADAS DE QUEM TOMAVA BANANADA CEDO....HEIM....rsrsrs. BEIJOS EM TODOS E QUE 2015 SEJA REPLETO DE BOAS REALIZAÇÕES.