segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

QUÍMICA É VIDA!

DISPONÍVEL: http://abiquim.org.br/estudante/vida_frame.html
ACESSO: 26/01/2015 as 16:09h

Quando uma folha de árvore é exposta à luz do sol e é iniciado o processo da fotossíntese, o que está ocorrendo é química. Quando o nosso cérebro processa milhões de informações para comandar nossos movimentos, nossas emoções ou nossas ações, o que está ocorrendo é química.
A química está presente em todos os seres vivos. O corpo humano, por exemplo, é uma grande usina química. Reações químicas ocorrem a cada segundo para que o ser humano possa continuar vivo. Quando não há mais química, não há mais vida.
Há muitos séculos, o homem começou a estudar os fenômenos químicos. Os alquimistas podiam estar buscando a transmutação de metais. Outros buscavam o elixir da longa vida. Mas o fato é que, ao misturarem extratos de plantas e substâncias retiradas de animais, nossos primeiros químicos também já estavam procurando encontrar poções que curassem doenças ou pelo menos aliviassem as dores dos pobres mortais. Com seus experimentos, eles davam início a uma ciência que amplia constantemente os horizontes do homem. Com o tempo, foram sendo descobertos novos produtos, novas aplicações, novas substâncias. O homem foi aprendendo a sintetizar elementos presentes na natureza, a desenvolver novas moléculas, a modificar a composição de materiais. A química foi se tornando mais e mais importante até ter uma presença tão grande em nosso dia-a-dia, que nós nem nos damos mais conta do que é ou não é química.
O que sabemos, no entanto, é que, sem a química, a civilização não teria atingido o atual estágio científico e tecnológico que permite ao homem sondar as fronteiras do universo, deslocar-se à velocidade do som, produzir alimentos em pleno deserto, tornar potável a água do mar, desenvolver medicamentos para doenças antes consideradas incuráveis e multiplicar bens e produtos cujo acesso era restrito a poucos privilegiados. Tudo isso porque QUÍMICA É VIDA.
QUÍMICA: CIÊNCIA SEMPRE PRESENTE.
A química está na base do desenvolvimento econômico e tecnológico. Da siderurgia à indústria da informática, das artes à construção civil, da agricultura à indústria aeroespacial, não há área ou setor que não utilize em seus processos ou produtos algum insumo de origem química. Com alto grau de desenvolvimento científico e tecnológico, a indústria química transforma elementos presentes na natureza em produtos úteis ao homem. Substâncias são modificadas e recombinadas, através de avançados processos, para gerar matérias-primas que serão empregadas na formulação de medicamentos, na geração de energia, na produção de alimentos, na purificação da água, na fabricação de bens como automóveis e computadores, na construção de moradias e na produção de uma infinidade de itens, como roupas, utensílios domésticos e artigos de higiene que estão no dia-a-dia da vida moderna.
A QUÍMICA DA ÁGUA PURA.
A água é a substância química mais abundante em nosso planeta. Ela cobre três quartos da superfície da terra. Mas apenas uma pequena parte desse volume é potável e está próxima aos centros urbanos. Sem a química, seria impossível assegurar à população o abastecimento de água. É através de processos químicos que a água imprópria ao consumo é transformada em água pura, límpida, sem contaminantes. O dióxido de cloro, por exemplo, é utilizado para oxidar detritos e destruir microorganismos. O cloreto de ferro e o sulfato de alumínio absorvem e precipitam a sujeira em suspensão, eliminando também cor, gosto e odores. O carbono ativo retém micropoluentes e detergentes. Soda e cal neutralizam a acidez da água. É a indústria química que fornece esses e outros produtos, permitindo ao homem continuar a usufruir de um elemento essencial à vida: água pura e saudável.
A QUÍMICA QUE ALIMENTA.
Como alimentar uma população em constante crescimento sem esgotar os recursos naturais do solo? A resposta é dada pela química. É através de produtos químicos que se fertiliza a terra, conservando e aumentando o seu potencial produtivo. A reposição de elementos como o nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio, entre outros, retirados pela ação de chuvas, ventos, queimadas e constantes colheitas, é fundamental para manter a produtividade da terra. Sem os fertilizantes químicos, áreas esgotadas ou impróprias à agricultura teriam sido abandonadas, com consequente queda na produção de alimentos. Mais: novas áreas agrícolas teriam de ser abertas, reduzindo as reservas de matas e florestas. Também os defensivos químicos têm um importante papel nessa tarefa. Com eles, o agricultor garante a qualidade dos alimentos, a produtividade das plantações e evita a disseminação de doenças. Na pecuária, os medicamentos veterinários preservam a saúde dos rebanhos, evitam epidemias e aumentam a produtividade. A química, como se vê, é fértil em soluções que possam ajudar o homem a vencer o fantasma da fome.
A QUÍMICA DA SAÚDE
A química está presente em praticamente todos os medicamentos modernos. Sem ela, os cientistas não poderiam sintetizar novas moléculas, que curam doenças e fortalecem a saúde humana. Mas a aplicação da química vai além dos medicamentos. Ela cerca o homem de outros cuidados que prolongam e protegem a vida. Fornecedor de uma quantidade fantástica de produtos básicos para outras indústrias, o setor químico também desenvolveu matérias-primas específicas para a medicina. Válvulas cardíacas, próteses anatômicas, seringas descartáveis, luvas cirúrgicas, recipientes para soro, tubos flexíveis e atóxicos e embalagens para coleta e armazenamento de sangue são apenas alguns dos exemplos dos produtos de origem química que revolucionaram a medicina. Hospitais, clínicas, laboratórios, enfermarias e unidades de terapia intensiva têm na química uma parceira indispensável. Os modernos equipamentos utilizados em cirurgias ou diagnósticos foram fabricados com matérias-primas químicas. Avançados desinfetantes combatem o risco de infecções. Reagentes aceleram o resultado de exames laboratoriais. Na medicina, mais do que em qualquer outra atividade, fica patente que química é vida.
A QUÍMICA DO DIA-A-DIA
A química nos acompanha 24 horas por dia. Ela está presente em praticamente todos os produtos que utilizamos no dia-a-dia. Do sofisticado computador à singela caneta esferográfica, do possante automóvel ao carrinho de brinquedo, não há produto que não utilize matérias-primas fornecidas pela indústria química. Teclados, gabinetes e disquetes dos computadores, para ficar apenas em alguns exemplos, são moldados em resinas plásticas. No automóvel, há uma lista enorme de produtos de origem química: volantes, painéis, forração, bancos, fiação elétrica encapada com isolantes plásticos, mangueiras, tanques de combustível, pára-choques e pneus são apenas alguns desses itens. A maioria dos alimentos chegou às nossas mãos em embalagens desenvolvidas pela química. Em nossas roupas, há fibras sintéticas e corantes de origem química. Em nossa casa, há uma infinidade de produtos fornecidos, direta ou indiretamente, pela indústria química: a tinta que reveste as paredes, potes e brinquedos em plástico, tubos para condução de água e eletricidade, tapetes, carpetes e cortinas. Isso sem falar nos componentes químicos das máquinas de lavar roupas e louças, na geladeira, no microondas, no videogame e no televisor. Nos produtos que utilizamos em nossa higiene pessoal e na limpeza da casa também podemos perceber a presença da química. É só prestar atenção. Nosso cotidiano seria realmente muito mais difícil sem a química. É para ajudar o homem a ter mais saúde, mais conforto, mais lazer e mais segurança que a indústria química investe dia-a-dia em tecnologia, em processos seguros e no desenvolvimento de novos produtos. O resultado é o progresso.
A QUÍMICA DOS NOVOS MATERIAIS
Um dos principais ramos industriais da química é o segmento petroquímico. A partir do eteno, obtido da nafta derivada do petróleo ou diretamente do gás natural, a petroquímica dá origem a uma série de matérias-primas que permite ao homem fabricar novos materiais, substituindo com vantagens a madeira, peles de animais e outros produtos naturais. O plástico e as fibras sintéticas são dois desses produtos. O polietileno de alta densidade (PEAD), o polietileno de baixa densidade (PEBD), o polietileno tereftalato (PET), o polipropileno (PP), o poliestireno (PS), o policloreto de vinila (PVC) e o etileno acetato de vinila (EVA) são as principais resinas termoplásticas. Nas empresas transformadoras, essas resinas darão origem a autopeças, componentes para computadores e para as indústrias aeroespacial e eletroeletrônica, a garrafas, calçados, brinquedos, isolantes térmicos e acústicos ...enfim, a tantos itens que fica difícil imaginar o mundo, hoje, sem o plástico, tantas e tão diversas são as suas aplicações. Os produtos das centrais petroquímicas também são utilizados para a produção, entre outros, de etilenoglicol, ácido tereftálico, dimetiltereftalato e acrilonitrila, matérias-primas para a produção dos fios e fibras de poliéster, de náilon, acrílicos e do elastano. As fibras sintéticas, em associação ou não com fibras naturais como o algodão e a lã, são transformadas em artigos têxteis e em produtos utilizados por diferentes indústrias, como a de pneumáticos, por exemplo. E, a cada dia, surgem novas aplicações para as fibras sintéticas e para as resinas termoplásticas. Resultado: maior produção, menores preços e maior facilidade de acesso da população aos bens de consumo, gerando mais qualidade de vida.
A QUÍMICA DESENHA O FUTURO
Veículos totalmente recicláveis, construídos com materiais mais resistentes porém mais leves do que o aço. Moradias seguras e confortáveis, erguidas rapidamente e a um custo mais baixo. Produtos que, ao entrar em contato com o solo, são degradados e se transformam em substâncias que ajudam a recuperar a fertilidade da terra. Plantações de vegetais que produzem plásticos. Combustíveis de alto rendimento energético e não-poluentes. Medicamentos ainda mais eficazes. Substâncias capazes de tornar inertes os esgotos de toda uma cidade. Recuperação de áreas devastadas por séculos de exploração. Sonhos? Não para a química, uma ciência que constantemente amplia as fronteiras do conhecimento. Voltada para o futuro, a indústria química investe grande parte do seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento. Foi a indústria química que, com as fibras sintéticas, permitiu ao setor têxtil ampliar a produção e baratear os preços das roupas. Com os plásticos, foram criadas embalagens que conservam alimentos e remédios por longos períodos, tubos resistentes à corrosão e peças e componentes utilizados pelas mais diferentes indústrias. Isto para ficar apenas em alguns exemplos. Da mesma forma, será a indústria química que facilitará ao homem desenvolver processos e materiais que lhe permitirão assegurar alimento, moradia e conforto às novas gerações. Muito do futuro do homem e do planeta está sendo desenhado hoje pela química.
A QUÍMICA RESPONSÁVEL
Evitar ou controlar o impacto causado pelas atividades humanas ao meio ambiente é uma preocupação mundial. Como em muitas outras atividades, a fabricação de produtos químicos envolve riscos. Mas a indústria química, apontada por muitos anos como vilã nas agressões à natureza, tem investido em equipamentos de controle, em novos sistemas gerenciais e em processos tecnológicos para reduzir ao mínimo o risco de acidentes ecológicos. Um exemplo da aplicação dessa nova visão é o Programa Atuação Responsável®, coordenado em âmbito nacional pela Associação Brasileira da Indústria Química - ABIQUIM. O Programa Atuação Responsável® estabelece procedimentos de melhoria contínua em vários campos de atividade da indústria, com destaque para a redução na emissão de efluentes, controle de resíduos, saúde e segurança no trabalho e preparação para o atendimento a emergências. Todo o ciclo de vida de um produto químico é detidamente analisado para evitar qualquer risco ao meio ambiente, mesmo quando a embalagem é descartada pelo consumidor. Efluentes e resíduos são tratados até se tornarem inertes. Sofisticados equipamentos de controle ambiental estão em operação em várias empresas. Equipes são constantemente treinadas para atuarem prontamente em caso de acidentes com produtos químicos, evitando riscos ao homem e ao meio ambiente. A indústria química trabalha, investe e pesquisa para jogar limpo com a natureza. Um jogo em que todos ganham.


QUE TAL CANTAROLARMOS? SOM NA CAIXA.....

NAVEGANDO NA REDE, ENCONTRAMOS MUITA COISA BOA. ESSA PARÓDIA FOI ELABORADA POR UM GRUPO DE ALUNOS, QUE AO REALIZAREM UM TRABALHO DE QUÍMICA PRODUZIRAM ESSA MARAVILHA. VAMOS CURTIR.
 
Pedido a Bohr

Música original: Malandragem de Cássia Eller

“Quem sabe ainda sou uma hidroxila, Junto com o benzeno, fenol!

Agora vamos falar do éter, Carbono e oxigênio, Formando o grupo COC

Hidrogênio e carbono, É o hidrocarboneto, Quem sabe eles vão se ligar

REFRÃO:

Eu só peço a Bohr um pouco de carbonila

Pois sou cetona

E entre carbono vou ficar

Eu sou amina e nitrogênio vai me ligar

Eu sou amina e nitrogênio vai me ligar

Formila é o que tem no aldeído, C dupla O ligado à H, Nós somos haletos

Hidrocarbonetos, Mudo H por 7 A, Sal orgânico É conseqüência Do ácido carboxílico mais base.

REFRÃO:

Eu só peço a Bohr um pouco de carbonila

Pois sou cetona

E entre carbono vou ficar

Eu sou amina e nitrogênio vai me ligar (2x)

Formila é o que tem no aldeído

C dupla O ligado à H.

Nós somos haletos, Hidrocarbonetos, Mudo H por 7 A, Sal orgânico

É conseqüência, Do ácido carboxílico mais base

Eu só peço a Bohr um pouco de carbonila

Pois sou cetona

E entre carbono vou ficar

Eu sou amina e nitrogênio vai me ligar (2x)

Quem sabe ainda sou uma hidroxila.

 

PARA QUE SERVE A QUÍMICA?


QUEM, ENQUANTO PROFESSOR NUNCA ESCUTOU TAL PERGUNTA?

Autor:Desconhecido

Que pergunta absurda! O professor ficou pasmo, petrificando, sem saber o que responder.É como se tivesse dito a um católico fervoroso que Deus não existe . Absurdo! Será que ele tinha ouvido direito? Tinha! Porque o aluno repetiu: - E então, professor, porque eu preciso aprender Química se eu nunca vou usar isso na minha vida? Tantas fórmulas, tantos nomes, tantas partículas? Para que eu tenho que saber isso, heim? O professor continuou calado olhando estarrecido para o aluno, procurando achar uma resposta para a pergunta mais descabida que ele já tinha ouvido, uma resposta definitiva, que fizesse o aluno enxergar o tamanho da besteira que ele estava dizendo.
E o professor teve vontade de dizer mais ou menos isso: “Será possível que você nunca percebeu o quanto de química que existe em tudo que você faz diariamente? Por exemplo, Qual a primeira coisa que você faz quando acorda? Então! Você pensa que o papel higiênico nasce pronto em uma árvore ou será que você sabe que esse papel é obtido por um processo químico de transformação das celulose? E a segunda coisa que você faz? Escova os dentes? Pasta de dente é pura química! Mas se você preferir a dentadura também, é! Depois você toma banho? Sabonete, xampu, desodorante.Você já se preocupou em ler nas embalagens a composição daquilo que você usa? Se as pessoas criassem esse hábito, poderiam tornar o consumo um ato mais consciente.
E no café da manha? Você toma café, não toma? Vidros, copos, pratos... Sabia que um dia tudo isso já foi areia? E você gosta de chocolate, pão, manteiga? Eu também acho tudo quimicamente delicioso! E as embalagens? Plástico, alumínio, papelão... Como os alimentos chegariam até você se não existissem as embalagens que a química produz?
Depois do café, você deve se vestir não é? As roupas de hoje são sinônimos de naylon, poliéster, acrílico, fibras sintéticas ou algodão qui-mi-ca-men-te tratado! Ou você acha que seria possível vestir o mundo inteiro sem uma indústria têxtil firmemente fincada na Química? E os transportes? Você utiliza carro? Ônibus? Trem? Patinete? Então observe: metal, vidro, plástico, borracha, madeira, gasolina, álcool, diesel..... Paris, Londres, Bahia, Piracicaba, Pindamonhangaba....Você acha que o homem poderia ter ido tão longe se não fosse pela Química?
E esta escola aqui? O prédio, as carteiras, os cadernos, os livros, a caneta, o lápis, o giz . Do que você pensa que essas coisas são feitas? Como você acha que elas são feitas?
Ah? Mas você vai dizer que pode continuar usando tudo isso sem tomar conhecimento da Química, não é? Não, não pode! Porque você é um produto químico. Todos os seres são produtos de reações químicas. Você vive, se alimenta, corre, pensa, sente e fala bobagens através de inúmeras reações químicas que acontecem o tempo todo no seu corpo. Conhecer química é conhecer a vida, é conhecer melhor a si próprio. E se nós, seres humanos temos possibilidade, porque não aproveitá-la? “ Nesse momento os pensamentos do professor foram interrompidos pela voz insistente do aluno: Não vai dizer nada Professor? E o professor finalmente disse: - Você precisa aprender Química porque se não aprender vai repetir o ano!

 

PARTICULARMENTE EU DIRIA:

- PRA NÃO SER UM IGNORANTE, NO SENTIDO DE UM SER QUE IGNORA A EXISTÊNCIA DE CERTOS MATERIAIS E SUA COMPOSIÇÃO!

Profa.: Edneide Silva


 

 

FEROMÔNIOS USADOS NA AGRICULTURA....É POSSÍVEL?

ACESSO: 26/01/10944 às 08:21h
 
Feromônios: pesticidas do futuro?
Substâncias envolvidas na comunicação e defesa de insetos podem ser usadas para controlar pragas na agricultura sem causar danos ao ambiente.
Por: Angelo Cunha Pinto
Publicado em 20/01/2015 | Atualizado em 20/01/2015
Feromônios: pesticidas do futuro?
Os feromônios são usados pelos insetos da mesma espécie para se defenderem,
encontrarem os parceiros ou acharem comida.
(foto: Patrizio Martorana/ Freeimages) 
           
      
Os insetos são excelentes químicos. Eles desenvolveram a capacidade de se comunicar por meio dos chamados feromônios, termo que indica uma única substância ou uma mistura delas.
Os feromônios são usados pelos insetos para se defenderem, encontrarem os parceiros ou acharem comida. Essa comunicação é feita sempre entre indivíduos da mesma espécie. Por exemplo, o feromônio liberado por uma mariposa fêmea para atrair seu parceiro para o acasalamento não atrai um inseto de outra espécie. Há cerca de 50 anos, os químicos e os entomólogos estudam os sistemas de defesa e comunicação dos insetos e, hoje, usam esses conhecimentos para o controle de pragas da agricultura, porque estas estão cada vez mais resistentes aos inseticidas sintéticos. E ainda porque esses inseticidas, além dos danos causados ao meio ambiente, são prejudiciais aos mamíferos – em especial, aos humanos. Só no Brasil, insetos-praga são responsáveis pela perda, por ano, de mais de 20 milhões de toneladas de alimentos e pela intoxicação de muitos agricultores.

Bombicol, o primeiro deles

Para obter feromônios e determinar sua estrutura química, o primeiro passo é a coleta e o isolamento dos insetos. Por exemplo, de 500 mil fêmeas da mariposa produtora da seda (Bombyx mori), os químicos isolavam 1 miligrama de bombicol – mal se pode ver uma quantidade assim de uma substância, pois ela é menor do que um grão de sal grosso.
O bombicol foi o primeiro feromônio descrito na literatura. Foi isolado em 1959, do bicho-da-seda, ou seja, da lagarta da mariposa Bombyx mori. Hoje, com os avanços dos equipamentos e das técnicas de separação de compostos orgânicos, não é mais necessário coletar tantos insetos assim – bastam poucos para isolar e identificar os feromônios. No caso de feromônios femininos de atração sexual, as substâncias isoladas são postas em armadilhas. Se os machos forem atraídos, os químicos iniciam o trabalho para determinar a composição química do feromônio.
Tangerinas
No Brasil, há pequenas empresas – em sua maioria, oriundas de pesquisas universitárias – que comercializam feromônios sintéticos para o controle de pragas de frutos cítricos, entre outros cultivos.
  (foto: Raphael Pinto/ Freeimages)
O fato de os feromônios serem, em geral, misturas de compostos voláteis obriga os químicos a usar técnicas sofisticadas – no caso, cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas. Quase sempre – graças aos bancos de dados que acompanham tais equipamentos –, é possível saber quais são os compostos presentes na mistura. Se essa técnica não for suficiente para determinar a estrutura química, os compostos são, então, separados por cromatografia, e suas estruturas são estabelecidas por técnicas mais sofisticadas, como ressonância magnética nuclear ou por difração de raios X. Conhecidas as estruturas químicas dos compostos, os químicos passam, então, a fabricá-los (sintetizá-los) em laboratório. No caso dos feromônios usados pelos insetos para atração sexual, é feita uma formulação para que estes sejam liberados lentamente e por longos períodos, para evitar o acasalamento dos insetos-praga adultos, pois estes são atraídos para o interior de armadilhas contendo feromônios e lá permanecem presos, ou para auxiliar a tomada de decisão para a aplicação de inseticida.
No Brasil, há pequenas empresas – em sua maioria, oriundas de pesquisas universitárias – que comercializam feromônios sintéticos para o controle de pragas de frutos cítricos, maçã, manga, pêssego, batata, tomate, algodão, café etc. Quanto mais os cientistas souberem sobre o comportamento dos insetos, mais fácil será controlá-los. Entretanto, só o tempo dirá se os feromônios serão os pesticidas do futuro. Em um exercício de imaginação, podemos visualizar formigas seguindo, uma atrás da outra, para um incinerador onde foi colocado o feromônio de trilha, usado por elas para marcar o caminho até o formigueiro. Os feromônios não estão limitados aos insetos. São usados para comunicação em todo o reino animal. Mamíferos, por exemplo, os produzem, mas a evolução tirou dos humanos essa sensibilidade olfativa. Conhecer a fundo os feromônios é dever da ciência.

Angelo Cunha Pinto
Instituto de Química
Universidade Federal do Rio de Janeiro

O QUE VEM POR AÍ????

ACESSO: 26/01/2014 as 8:10h
 
Revista ‘Nature’ destaca os avanços que podemos esperar no campo científico em 2015.
A ciência que virá
Um dos destaques da ‘Nature’ é o retorno do LHC (Grande Colisor de Hádrons), no Cern (Suíça), depois de dois anos de interrupção de seu funcionamento para manutenção. (foto: Julian Herzog/ Wikimedia Commons – CC BY-SA 3.0)
           
      
Motivada pelo espírito de um novo ano, a revista Nature (30/12/14) fez uma lista na linha ‘O que esperar dos cientistas em 2015’. Listas assim são sempre subjetivas – e a única certeza das futurologias é que elas têm grande probabilidade de estarem erradas. Feito o alerta, vamos a um resumo dos tópicos destacados pela publicação.
O primeiro é a volta, com energia total (13 trilhões de elétrons-volt), do acelerador LHC (Grande Colisor de Hádrons, na tradução mais comum), no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Suíça). Passada toda a balbúrdia em torno da descoberta lá da ‘partícula de deus’ (bóson de Higgs), a retomada das colisões de partículas, depois de dois anos de interrupção para manutenção, traz a esperança de um novo zoo de fragmentos de matéria. Principalmente, das chamadas partículas supersimétricas, que indicariam um caminho para a unificação das duas colunas da física contemporânea: a teoria da relatividade geral e a mecânica quântica. A ver.
Ainda na área de física, a revista diz que há boa chance de se detectarem as ondas gravitacionais – previstas pela relatividade geral – em um laboratório, agora aperfeiçoado e mais sensível, montado no sul dos Estados Unidos, o Ligo, que vem tentando a façanha há 20 anos [Em tempo: vale lembrar que, ano passado, o experimento Bicep2 anunciou tal descoberta, mas teve que se retratar].
A revista também destaca os entendimentos entre os Estados Unidos e a China sobre a redução de emissão dos gases do efeito estufa, e como isso poderá influenciar um novo acordo do clima que poderá sair de uma reunião da Organização das Nações Unidas em dezembro deste ano.
Quanto ao ebola, as esperanças recaem sobre o controle da epidemia e a obtenção de uma vacina, droga ou tratamento com anticorpos – este último seria a alternativa mais rápida de implementar. Ainda na área de medicina, este ano deverá trazer novas drogas que irão baixar o colesterol ruim.
Vírus ebola
Avanços no controle da epidemia de ebola e na obtenção de uma vacina, droga ou tratamento
com anticorpos  contra a doença também são esperados para 2015.
 (foto: CDC/ Cynthia Goldsmith)
Na paleoantropologia, espera-se a obtenção do genoma completo do chamado homem de Sima de los Huesos (gruta na Espanha), com 400 mil anos de idade e que poderá responder a questões sobre possíveis cruzamentos entre nós (H. sapiens), neandertais e outro ‘primo’, o hominídeo de Denisova – referência à caverna na Sibéria onde o fóssil foi encontrado.
Sondas da Nasa (agência espacial dos EUA) – respectivamente, Dawn e New Horizons – prometem visitar o protoplaneta Ceres e o planeta-anão Plutão. Novos (e moderníssimos) laboratórios devem entrar em funcionamento tanto no Reino Unido – Instituto Francis Crick e Instituto Nacional do Grafeno, este último a semente para uma ‘Cidade do Grafeno’ – quanto nos EUA – o Instituto Allen para a Ciência Celular (o nome é referência a Paul Allen, fundador da Microsoft que doou para a empreitada cerca de 100 milhões de dólares). Os investimentos nos três institutos somam invejosos 4,5 bilhões de reais, com o Crick ficando com quase 90% disso.
A lista da Nature se finda com o anúncio de três novos e sofisticados navios para explorar os oceanos
[Adendo: outra importante revista científica, a Science (19/12/14), encabeçou seu balanço anual sobre os fatos mais importantes da ciência no ano passado. Em primeiro lugar, ficou o pouso (ainda que meio desajeitado) da sonda Philae, lançada pela nave Rosetta, no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A Rosetta, neste momento, colhe dados sobre a composição do cometa, para tentar responder à importantíssima questão: a vida na Terra foi trazida por esses corpos espaciais?]
E, finalmente, a lista da Nature se finda com o anúncio de três novos e sofisticados navios – Sikuliaq e Neil Armstrong, dos Estados Unidos, e Sonne [II], da Alemanha – para explorar os oceanos. E, refletindo a essência da frase atribuída ao poeta romano Públio Terêncio (c. 150 a.C.) – “Tudo que é humano não me é estranho” –, o Japão deverá retomar sua caça ‘científica’ às baleias na Antártida.

Cássio Leite Vieira
Ciência Hoje/ RJ

Magneto-hipertermia..... VOCÊ SABE O QUE É????

ACESSO: 26/01/2014 as 07:57h
 
 
 
A receita é simples. Misture sais minerais contendo prata e ferro com solventes orgânicos. Leve ao forno, aqueça cuidadosamente por cinco horas e voilà: um pó marrom, feito de grãos minúsculos, visíveis apenas com um microscópio eletrônico. Cada grão é formado por blocos com forma de paralelepípedo e dimensões da ordem de milionésimos de milímetros ou nanômetros (nm). A receita para sintetizar esses blocos foi criada por uma equipe liderada pelos físicos Kleber Pirota e Marcelo Knobel, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que os apelidaram de nanopartículas do tipo tijolo. É a primeira vez que pesquisadores fabricam nanopartículas com formato de tijolo feitas de magnetita, o mineral dos ímãs de geladeira, contendo no interior um pequeno caroço de prata. “A forma, o tamanho nanométrico e a inclusão da prata intensificam as propriedades magnéticas da magnetita”, explica Pirota. “Além disso, a prata tem propriedades ópticas e bactericidas interessantes.” Os físicos esperam que o novo nanomaterial seja útil à medicina por sua potencial ação bactericida e talvez para aprimorar uma nova terapia contra o câncer chamada de magneto-hipertermia. Em fase adiantada de testes clínicos na Europa e nos Estados Unidos, a magneto-hipertermia usa atualmente nanopartículas feitas só de magnetita, que são injetadas no sangue para combater algumas formas de câncer. A magnetita dessas nanopartículas é recoberta de moléculas capazes de grudarem apenas na superfície de células de tumores. Uma vez aderidas ao tumor, elas são chacoalhadas por um campo magnético oscilante. O atrito gerado pela agitação das partículas aquece as células tumorais até a morte. “A hipertermia pode queimar tumores em estágio inicial, sem prejudicar as demais células do organismo, como fazem a químio e a radioterapia”, explica Knobel, esclarecendo que seus nanotijolos de magnetita com prata seriam capazes de vibrar com mais intensidade do que as nanopartículas maiores e disformes, feitas apenas de magnetita e usadas nas terapias experimentais.
Para chegar à receita, os físicos da Unicamp trabalharam nela por quase 10 anos por meio de projetos financiados pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “É meio como cozinhar: primeiro põe isso, depois aquilo e vai mudando a receita até acertar”, diz Knobel. “Chegamos ao resultado graças a muita experiência e um pouco de sorte.”
De início, sua equipe usou as estratégias que todos os pesquisadores de nanomateriais geralmente adotavam para fabricar nanopartículas feitas de um metal nobre coberto por uma casca magnética. Fabricavam primeiro os “caroços”, aquecendo um sal de prata dissolvido em líquido até seus íons cristalizarem em nanopartículas com até 20 nm de diâmetro. No dia seguinte, os pesquisadores misturavam as nanopartículas de prata com sais ricos em ferro e aqueciam a solução, na esperança de que cascas grossas de magnetita crescessem em volta das nanopartículas.
 
NanoflorO resultado da receita em dois passos, porém, não eram nanopartículas do tipo “casca-caroço”. Em vez disso, era uma mistura de nanopartículas do tipo “flor”, com um miolo de prata cercado por “pétalas” de magnetita. “O núcleo de prata sempre ficava exposto, nunca conseguíamos cobri-lo com uma casca de magnetita”, explica Pirota. “Essas nanopartículas são interessantes para certas aplicações, pois a prata é bactericida. Mas não para a hipertermia, pois o caroço libera íons de prata que podem danificar outras células além das tumorais.”
Os físicos notaram, porém, que, quanto menores as nanopartículas de prata, mais pétalas de magnetita cresciam ao seu redor. O químico Román López-Ruiz e o físico Diego Muraca, colegas de Knobel e Pirota na Unicamp, tiveram então a ideia de “cozinhar” os sais de prata e ferro de uma vez só para impedir que as nanopartículas de prata crescessem demais. Assim, López-Ruiz e a mestranda Maria Eugênia Brollo finalmente prepararam a receita perfeita: aqueceram a solução com os sais por 40 minutos até atingir 200 graus Celsius, mantiveram essa temperatura por duas horas até pequenos caroços de prata se formarem e, em seguida, aqueceram por mais 20 minutos até 260 graus, mantendo essa temperatura por mais duas horas.
Santiago Figueroa, físico do Laboratório Nacional de Luz Síncroton, confirmou a presença de magnetita ao redor do caroço usando técnicas de luz síncrotron e Muraca obteve imagens das partículas em um microscópio eletrônico no Laboratório Nacional de Nanotecnologia do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Os nanotijolos têm 13 nm de largura por 15 nm de comprimento, com uma espessura um pouco maior que o diâmetro da esfera de prata em seu interior (cerca de 4 nm).
Ainda não se sabe por que a receita funciona nem o motivo do formato retangular das nanopartículas. Os pesquisadores suspeitam que as nanopartículas de prata com tamanho inferior a 10 nm deixam de ser bons metais condutores de eletricidade. Abaixo desse tamanho, a prata se torna um material que isola cargas elétricas em sua superfície. Essas cargas ajudariam a aglomerar a magnetita ao redor, criando um tijolo de magnetita compacto e homogêneo. “Estamos tentando verificar essa hipótese”, diz Pirota.
“Ainda é cedo para saber se esse material tem potencial para ser usado na hipertermia magnética”, observa o físico Andris Bakuzis, da Universidade Federal de Goiás. Bakuzis coordena uma colaboração de 25 pesquisadores da região Centro-Oeste que usa nanopartículas em testes pré-clínicos de novas terapias médicas, incluindo a hipertermia. “O ferro da magnetita é absorvido e reutilizado pelo corpo, mas a prata é tóxica.”
Pirota está ciente da dificuldade. “Mesmo com o caroço totalmente envolto, íons de prata ainda podem atravessar a magnetita”, explica. Trabalhos de outros pesquisadores sugerem até que, estranhamente, o efeito bactericida de uma nanopartícula de prata totalmente coberta por magnetita seja até maior que o de uma nanopartícula apenas de prata. “Se esse resultado for confirmado”, conclui Bakuzis, “essas partículas podem ter grande potencial bactericida”.

Artigo científico
BROLLO, M. E. F. et al. Compact Ag@Fe3O4 core-shell nanoparticles by means of single-step thermal decomposition reaction. Scientific Reports. v. 4, n. 6839. 9 out. 2014.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Olá, segue abaixo o link para orientação na elaboração de projetos. É simples e tenho certeza que vocês irão se eurpreender com a linguagem usada.
Abraços.

http://www.cienciamao.usp.br/dados/rec/_roteiroparaelaboracaodep.arquivo.pdf