sexta-feira, 28 de agosto de 2020

AS CONTRIBUIÇÕES DAS MULHERES BRASILEIRAS NA CIÊNCIA


     Tendo em vista que no último dia 26, foi comemorado o Dia Internacional da Igualdade da Mulher, estamos trazendo hoje a publicação sobre as Contribuições das mulheres brasileiras na Ciência.

 As mulheres brasileiras ou naturalizadas conseguiram ultrapassar as dificuldades do acesso à educação ao longo do tempo, apesar de serem minoria na produção científica, pelo fato da desigualdade de gênero ainda presentes na Ciência. Elas inspiraram tantas outras pesquisadoras e hoje têm suas histórias apresentadas de modo a estimular a participação feminina no processo de propagação da Ciência. Isso está registrado em livros como: “Pioneiras da Ciência no Brasil”, que foi lançado em 2018em comemoração aos 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

    No Brasil, de acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 43,7% correspondem a presença de mulheres pesquisadoras, mesmo havendo diminuição na proporção relativa com o aumento da faixa etária: de 45,9% a 41,5% no grupo de 35 a 54 anos e ao redor de 30% entre 55 e 64 anos. O que justifica o fato de a porcentagem de mulheres liderarem pesquisas, ser desproporcional frente ao que ocorre como os homens, configurando notória questão de gênero, uma vez que para a mulheres terem notoriedade em suas atividades laborais as dificuldades são maiores, diante a frequente jornada tripla que a sociedade lhe atribui. 

     Ainda que tenham esses desafios, há de se considerar que muitas mulheres, de modo particular, brasileiras tiveram destaque no campo da Ciência e contribuíram expressivamente para o desenvolvimento da sociedade em suas mais diversas áreas. 

Assim, selecionamos 5 (cinco) cinco pesquisadoras brasileiras que se destacaram em suas pesquisas.

DUÍLIA DE MELLO

Duília é um dos nomes brasileiros mais conhecidos no exterior, no universo da Ciência. Nascida em Jundiaí (RJ), é astrônoma, astrofísica e pesquisadora da NASA. A cientista brasileira descobriu, em 1997, no Chile, a Supernova SN 1997D, um corpo celeste originado a partir da explosão de estrelas com mais de 10 massas solares e, posteriormente, as chamadas “Bolhas Azuis”. Que consistem em estrelas nascidas fora das galáxias ou “estrelas órfãs”. Duília foi eleita, pelo Barnard College/ Columbia University, como uma das 10 mulheres que mudaram o Brasil. 

SUZANA HERCULANO-HOUZEL

Suzana é carioca, formada em Biologia, com mestrado, doutorado e pós-doutorado em neurociência. Atualmente, lidera um grupo de pesquisa composto por 15 cientistas, no Laboratório de Neuroanatomia Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Seus estudos sobre o cérebro humano fizeram com que Suzana fosse a primeira brasileira a proferir palestra em uma conferência internacional, o TEDGlobal. Suzana assinou, mais de 40 artigos científicos e é referência, no Brasil e no mundo, quando o assunto é pesquisa neurocientífica.

MAYANA ZATZ

Mayana é uma geneticista brasileira, nascida em 1947, vista na comunidade científica como um dos maiores nomes no estudo de doenças neuromusculares e autoridade nas pesquisas com células-tronco. A cientista, que hoje trabalha no Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu uma importante técnica que ajuda na compreensão dos mecanismos causadores de doenças genéticas.  

JAQUELINE GÓES DE JESUS

Jaqueline Goes de Jesus é uma cientista e investigadora brasileira negra. Distinguiu-se por ter sido uma das coordenadoras da equipe responsável pela sequenciação do genoma do vírus SARS-CoV-2 em apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil. Também, ligada à sequenciação do vírus Zika.

GRAZIELA MACIEL BARROSO 

Natural de Corumbá, Mato Grosso do Sul, Graziela Maciel Barroso tem o título de “primeira dama da botânica do país”. Trabalhou no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, ingressou na faculdade aos 49 anos para cursar Biologia na Universidade do Estado do Guanabara, atual UERJ, e foi professora de diversas universidades. Tornou-se a maior catalogadora de plantas do Brasil e tem mais de 25 espécies vegetais identificadas e batizadas em sua homenagem. Faleceu em 2003, um mês antes da data em que seria empossada na Academia Brasileira de Ciências.

Esperamos que vocês tenham gostado da nossa seleção. Desejamos que essas histórias possam servir de inspiração para outras mulheres, que queiram se dedicar a carreira científica.

Nos ajudem a divulgar nosso trabalho e não esqueçam, SE FOR POSSÍVEL, FIQUEM EM CASA!

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Carla. A história das mulheres cientistas no Brasil. MultiRio, 2020. Disponível em: <http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/reportagens/15510-a-hist%C3%B3ria-das-mulheres-cientistas-no-brasil>. Acesso em: 28 ago. 2020.

Mulheres na ciência: a revolução da pesquisa no mundo. Even3 Blog. Disponível em <https://blog.even3.com.br/mulher-na-ciencia/>. Acesso em: 26 ago. 2020.

SANTOS, Eduarda. Especial Mulheres: 5 mulheres cientistas que transformaram o mundo. Universidade Católica de Brasília. Disponível em: <https://inscricaoucb.catolica.edu.br/blog/mulheres-cientistas-transformaram-mundo>. Acesso em: 25 ago. 2020.

ZATZ, Mayana. Mulheres na ciência. Revista Pesquisa FAPEPS, 2001. Disponível em: <https://revistapesquisa.fapesp.br/mulheres-na-ciencia-2/>. Acesso em: 26 ago. 2020.