A PUC disponibiliza curso online de Química.
Que tal participar?!
Disponivel:http://www.cursosedu.com/2018/02/puc-esta-oferecendo-cursos-online-e-gratuitos.html?m=1
Acesso: 01/04/2018 as 13:20h.
domingo, 1 de abril de 2018
quarta-feira, 14 de março de 2018
Descobrindo a Química no smartfone
Disponivel: https://olhardigital.com.br/video/descubra-a-quimica-que-existe-dentro-do-seu-smartphone/59463
Acesso: 14/03/2018 as 16:30
Acesso: 14/03/2018 as 16:30
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
Indicação de leitura.....O MUNDO DE MENDELEIEV de Paul Strathern
Descrição:
Em 17 de fevereiro de 1869, o
cientista russo Dmitri Mendeleiev debatia-se com um problema: como
colocar ordem na então recente ciência da química? Exausto, caiu
adormecido sobre sua mesa de trabalho e teve um sonho que lhe anunciava a
chave para montar a Tabela Periódica dos elementos. Um sonho que iria
mudar fundamentalmente o modo como vemos o mundo.
Em O sonho de Mendeleiev, Paul Strathern decanta a sensacional
história da busca dos elementos químicos, desde os físicos gregos,
passando pela química medieval, até chegar à fissão do átomo. Com texto
fluente e bem-humorado, o autor explica as sucessivas descobertas no
campo da química, além de traçar as biografias de seus protagonistas:
Hermes Trismegisto, Paracelso, Avicena, Giordano Bruno, Nicolau de Cusa,
Galileu Galilei, Johann Becher, Robert Boyle, Henry Cavendish e Antoine
Lavoisier, entre outros.
Mestre dos textos introdutórios, Strathern usa seu talento para
recriar e alinhavar a instigante história da pergunta: de que matéria o
mundo é feito?
"Uma história maravilhosa que mostra os esforços da humanidade para compreender do que é feita a matéria." The observatur
"Muito bem escrito, competente e repleto de episódios deliciosos
(...) Paul Strathern realizou a notável proeza de tornar
interessantíssima a história da química." The Herald Tribune.
DISP http://zahar.com.br/livro/o-sonho-de-mendeleiev
ONÍVEL:Indicação de leitura...... OS BOTÕES DE NAPOLEÃO: As 17 moléculas que mudaram a História
Descrição:
Será que podemos explicar o fracasso da campanha de Napoleão na Rússia,
em 1812, por algo tão insignificante quanto um botão? Quando exposto a
temperaturas baixas, o estanho se esfarela, e todas as fardas dos
regimentos de Napoleão eram fechadas com botões feitos desse material.
Com estilo cativante, temperado com diversas histórias curiosas, a professora de química Penny Le Couteur e o químico industrial Jay Burreson fazem uma fascinante análise de 17 grupos de moléculas que, como o estanho daqueles botões, influenciaram o curso da história. Essas moléculas produziram grandes feitos na engenharia e provocaram importantes avanços na medicina e no direito. Além disso, determinaram o que hoje comemos, bebemos e vestimos.
Ao revelar as espantosas conexões químicas que unem eventos aparentemente não relacionados, os autores esclarecem que:
- Por causa da química, a colônia Nova Amsterdã tornou-se Nova York.
- Um contratempo na limpeza da cozinha com um avental de algodão resultou no desenvolvimento dos explosivos modernos e da indústria cinematográfica.
- A ânsia dos europeus pela cafeína - um alcalóide que vicia - levou à Revolução Chinesa.
- Foi um laboratório químico que, em busca de um analgésico potente, criou a heroína.
'Em geral não paramos para pensar na história ou na composição química de especiarias, borracha, nicotina, penicilina ou um sem-número de produtos que mudaram o mundo. Isso é belamente realizado em Os botões de Napoleão, com sua brilhante mescla de química e cultura. O livro é estimulante e de leitura extremamente agradável.'
Com estilo cativante, temperado com diversas histórias curiosas, a professora de química Penny Le Couteur e o químico industrial Jay Burreson fazem uma fascinante análise de 17 grupos de moléculas que, como o estanho daqueles botões, influenciaram o curso da história. Essas moléculas produziram grandes feitos na engenharia e provocaram importantes avanços na medicina e no direito. Além disso, determinaram o que hoje comemos, bebemos e vestimos.
Ao revelar as espantosas conexões químicas que unem eventos aparentemente não relacionados, os autores esclarecem que:
- Por causa da química, a colônia Nova Amsterdã tornou-se Nova York.
- Um contratempo na limpeza da cozinha com um avental de algodão resultou no desenvolvimento dos explosivos modernos e da indústria cinematográfica.
- A ânsia dos europeus pela cafeína - um alcalóide que vicia - levou à Revolução Chinesa.
- Foi um laboratório químico que, em busca de um analgésico potente, criou a heroína.
'Em geral não paramos para pensar na história ou na composição química de especiarias, borracha, nicotina, penicilina ou um sem-número de produtos que mudaram o mundo. Isso é belamente realizado em Os botões de Napoleão, com sua brilhante mescla de química e cultura. O livro é estimulante e de leitura extremamente agradável.'
Tem 344 páginas e custa em torno de R$ 38,90.
DISPONÍVEL: https://www.saraiva.com.br/os-botoes-de-napoleao-as-17-moleculas-que-mudaram-a-historia-1392851.html
ACESSO: 05/02/2018 as 15:22.
Qual o papel da química
na história? É o que se propõem a responder os químicos Penny Le
Couteur e Jay Burreson em "Os Botões de Napoleão - As 17 Moléculas que
Mudaram a História". Suas respostas são surpreendentes e capazes de
se... - Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/resenhas/botoes-de-napoleao.htm?cmpid=copiaecola
Qual o papel da química
na história? É o que se propõem a responder os químicos Penny Le
Couteur e Jay Burreson em "Os Botões de Napoleão - As 17 Moléculas que
Mudaram a História". Suas respostas são surpreendentes e capazes de
se... - Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/resenhas/botoes-de-napoleao.htm?cmpid=copiaecola
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Indicação de leitura..... A COLHER QUE DESAPARECE, de Sam Kean
Descrição
Um passeio pelas mais surpreendentes histórias
envolvendo a descoberta, o uso e a criação dos 118 elementos químicos da
tabela periódica. Uma colher que desaparece quando colocada no chá
quente, uma bizarra corrida pelo ouro causada por um elemento (telúrio)
que tem cheiro de alho, um poeta que enlouqueceu ao ingerir lítio para
se tratar de uma doença. Esses são alguns dos misteriosos casos que Sam
Kean conta para explicar com clareza os conceitos científicos e narrar
de maneira saborosa casos engraçados e aterradores sobre os átomos que
nos cercam. Pelo caminho, o autor aborda a história dos avanços
científicos, desde a descoberta do átomo até a criação de elementos
artificiais, passando pela invenção da tabela periódica e pelo estudo da
radioatividade. Mostra também como a vida humana se modificou devido ao
cobre (usado em moedas por ser “autoestéril”), ao silício (utilizado na
revolução da informática) e ao urânio (um dos grandes responsáveis pela
bomba atômica). Uma narrativa envolvente que nos guia através dos
segredos dos elementos químicos. A propósito: a colher que desaparece é
feita de gálio, elemento 31 da tabela periódica, metal com a estranha
propriedade de ficar no estado líquido acima de 29ºC, temperatura
inferior à de qualquer cafezinho.
O livro custa em torno de R$ 48,90 e tem 276 encantadoras páginas. Boa leitura.
DISPONÍVEL: https://www.saraiva.com.br/a-colher-que-desaparece-loucura-amor-morte-e-a-historia-do-mundo-a-partir-da-tabela-periodica-3534951.html
DISPONÍVEL: https://www.saraiva.com.br/a-colher-que-desaparece-loucura-amor-morte-e-a-historia-do-mundo-a-partir-da-tabela-periodica-3534951.html
Indicação de leitura.... O POLEGAR DO VIOLINISTA, de Sam Kean
Descrição
O renomado jornalista Sam Kean conta a história
da genética, de Mendel e suas ervilhas até os dias de hoje, em que
exames de ponta são capazes de detectar doenças que poderemos
desenvolver. Ele mostra como, em algum ponto no emaranhado de fitas do
DNA, se encontra a solução de muitos mistérios da espécie humana. Dentre
eles, a grande saga sobre o lugar de onde viemos e como evoluímos a
ponto de dominar o planeta como nenhuma outra espécie havia conseguido
antes. Tudo isso entremeado a fantásticas narrativas protagonizadas pelo
DNA: as mulheres grávidas que transmitiam câncer aos filhos ainda não
nascidos; os sobreviventes de bombas nucleares; a morte precoce dos
primeiros exploradores do ártico; o cientista russo que teria criado um
híbrido de homem e chimpanzé; e até mesmo casos em que, como o do
violinista virtuose Paganini, a ciência esclarece a arte.
O livro tem 337 páginas e custa em torno de R$ 42,90. É uma excelente forma de aprender sobre genética de forma prazerosa e certamente mais agradável do que as formas convencionais.
Boa leitura.
DISPONÍVEL: https://www.saraiva.com.br/o-polegar-do-violinista-e-outras-historias-da-genetica-sobre-amor-guerra-e-genialidade-5186918.html
DISPONÍVEL: https://www.saraiva.com.br/o-polegar-do-violinista-e-outras-historias-da-genetica-sobre-amor-guerra-e-genialidade-5186918.html
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
Processo químico da bioluminescência de fungos é reciclável e flexível
DISPONÍVEL: http://revistapesquisa.fapesp.br/2017/04/26/iluminacao-natural/
ACESSO: 30/01/2018 as 12:02
POR: MARIA GUIMARÃES | Edição Online 15:00 26 de abril de 2017.
ACESSO: 30/01/2018 as 12:02
POR: MARIA GUIMARÃES | Edição Online 15:00 26 de abril de 2017.
Uma rua iluminada por árvores brilhantes, em vez de postes e lâmpadas. A
imagem parece um sonho, mas não chega a ser impossível para o químico
Cassius Stevani, professor no Instituto de Química da Universidade de
São Paulo (IQ-USP). “Mas é preciso tomar cuidado, não queremos que a
floresta natural emita luz à noite”, alerta. Mesmo fora do horizonte da
realidade, o cenário de ficção científica está enraizado na pesquisa de
Stevani com fungos bioluminescentes, principalmente da espécie Neonothopanus gardneri, da Mata dos Cocais, no Piauí.
Ele e uma série de colaboradores, sobretudo russos e brasileiros,
acabam de desvendar uma parte importante das reações químicas que
iluminam cogumelos de verde, conforme mostra artigo publicado no dia 26
de abril no site da revista Science Advances.
Um ponto importante do estudo foi descobrir que a hispidina, uma
molécula com propriedades farmacológicas presente em boa parte das
plantas, é precursora da luciferina, substrato essencial à produção de
luz nos fungos. A hispidina também está em cogumelos não luminescentes,
nos quais é responsável por uma cor alaranjada e por protegê-los contra
os danos causados pela luz solar.
De acordo com a sequência de reações químicas revelada pelo grupo de
pesquisadores, a luciferina reage com oxigênio por ação da enzima
luciferase e dá origem à oxiluciferina excitada, que, ao decair para o
estado fundamental, emite um fóton – e, portanto, luz. Depois disso, a
oxiluciferina sofre ação de outra enzima e dá origem ao ácido cafeico.
Essa é outra descoberta importante porque o ácido cafeico já era
conhecido como precursor da hispidina. Assim, Stevani explica que o
ciclo se fecha. “Há uma reciclagem das moléculas envolvidas na
bioluminescência, o que explica a pequena quantidade de hispidina
existente nos fungos: ela é constantemente formada, em seguida reage e o
ciclo da bioluminescência continua.” Como esse processo consome
oxigênio, pode ser uma maneira de o organismo combater danos por
estresse oxidativo.
Árvores e outras plantas também produzem ácido cafeico, e vem daí a
brincadeira de sugerir a manipulação genética de modo que produzam as
enzimas necessárias para completar a reação e brilhem. “Também seria
possível produzir orquídeas luminescentes para o comércio de plantas
ornamentais”, imagina o químico. O bioquímico norte-americano Hans
Waldenmaier, que no ano passado terminou o doutorado sob orientação de
Stevani, está justamente com planos de montar uma empresa para produzir
plantas bioluminescentes em seu país natal. O intuito não é apenas
decorativo. “Talvez um dia seja possível usar esse sistema como repórter
para seguir processos biológicos de plantas e aplicar a problemas de
saúde humana”, diz o professor do IQ-USP. Proteínas fluorescentes usadas
como marcador genético luminoso, ou repórter, renderam a Osamu
Shimomura, Roger Tsien e Martin Chalfie o prêmio Nobel de Química em
2008 exatamente pela importância na visualização de processos
bioquímicos. Naquele caso se tratava de uma proteína fluorescente
produzida por medusas, amplamente usada em laboratórios do mundo todo.
Química produtiva
Os resultados obtidos no artigo da Science Advances nasceram da colaboração entre Stevani e o químico russo Ilia Yampolsky, do Instituto de Química Bio-orgânica, em Moscou, uma parceria que surgiu de maneira inusitada. Quando soube, por relato de alunos que voltavam de um congresso internacional, que Yampolsky buscava caracterizar moléculas responsáveis pela bioluminescência de fungos, o brasileiro entrou em contato para propor unir esforços. Mas chegou tarde demais: os resultados já estavam submetidos para publicação, a partir de culturas de um fungo muito semelhante ao brasileiro: era Neonothopanus nambi, originário do Vietnã. Na disputada corrida acadêmica, a derrota para um pesquisador com um histórico mais recente de pesquisa nesse tema poderia ser motivo para despeito e inimizade. Aconteceu o contrário. Para chegar aos resultados apresentados na Science Advances, cada um contribuiu com sua especialidade – o russo em síntese de compostos orgânicos e o brasileiro em mecanismos químicos. Em São Paulo, também participaram os químicos Erick Bastos e Paolo di Mascio, do IQ, e Anderson Oliveira, do Instituto Oceanográfico, além dos farmacêuticos Felipe Dörr e Ernani Pinto, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, todos da USP.
Os resultados obtidos no artigo da Science Advances nasceram da colaboração entre Stevani e o químico russo Ilia Yampolsky, do Instituto de Química Bio-orgânica, em Moscou, uma parceria que surgiu de maneira inusitada. Quando soube, por relato de alunos que voltavam de um congresso internacional, que Yampolsky buscava caracterizar moléculas responsáveis pela bioluminescência de fungos, o brasileiro entrou em contato para propor unir esforços. Mas chegou tarde demais: os resultados já estavam submetidos para publicação, a partir de culturas de um fungo muito semelhante ao brasileiro: era Neonothopanus nambi, originário do Vietnã. Na disputada corrida acadêmica, a derrota para um pesquisador com um histórico mais recente de pesquisa nesse tema poderia ser motivo para despeito e inimizade. Aconteceu o contrário. Para chegar aos resultados apresentados na Science Advances, cada um contribuiu com sua especialidade – o russo em síntese de compostos orgânicos e o brasileiro em mecanismos químicos. Em São Paulo, também participaram os químicos Erick Bastos e Paolo di Mascio, do IQ, e Anderson Oliveira, do Instituto Oceanográfico, além dos farmacêuticos Felipe Dörr e Ernani Pinto, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, todos da USP.
Além de elucidarem as moléculas presentes na reação de
bioluminescência, eles viram que a luciferase é versátil. Yampolski
sintetizou variações da luciferina, que, ao reagir com a luciferase,
também gera luz. Como essas moléculas não são produzidas pelos fungos, a
reação foi produzida dentro de um aparelho, o luminômetro, que acusou a
presença de luz. A diferença é que ela teria um comprimento de onda
distinto do verde observado na natureza e, caso a reação acontecesse na
natureza, seria possível ver cogumelos brilhando em outras cores, como
as imagens alteradas que ilustram esta reportagem: uma “licença
poética”, nas palavras do químico brasileiro.
Entre a química pura, a ficção e aplicações tecnológicas, Stevani
ainda passeia pela biologia ao investigar o significado ecológico da
luminescência dos cogumelos. Os resultados obtidos por Waldenmaier em
sua pesquisa de doutorado ainda estão sendo preparados para publicação,
mas já dá para dizer que filmagens e experimentos em campo sugerem que o
brilho atrai insetos e cria um verdadeiro ecossistema em miniatura. Os
cogumelos parecem ser um ponto de encontro para vagalumes, que os
visitam aos pares. Baratinhas douradas comem o fungo e são caçadas por
aranhas. Todos, Stevani sugere, atraídos pela luz que se propaga bem
mais do que o cheiro no ambiente da floresta. Enquanto isso tudo
acontece, os animais se recobrem de esporos e ajudam a disseminá-los.
Afinal, crescendo perto do chão onde há mais umidade, falta vento para
soprar as partículas reprodutivas. Na colaboração, todos parecem sair
ganhando.
Projeto
Bioluminescência em fungos: levantamento de espécies, estudo mecanístico & ensaios toxicológicos (nº 13/16885-1); Modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular; Pesquisador responsável Cassius Vinicius Stevani (USP); Investimento R$ 183.183,40 + US$ 58.141,94.
Bioluminescência em fungos: levantamento de espécies, estudo mecanístico & ensaios toxicológicos (nº 13/16885-1); Modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular; Pesquisador responsável Cassius Vinicius Stevani (USP); Investimento R$ 183.183,40 + US$ 58.141,94.
Artigo científico
KASKOVA, Z. M. et al. Mechanism and color modulation of fungal bioluminescence. Science Advances. 26 abr. 2017.
KASKOVA, Z. M. et al. Mechanism and color modulation of fungal bioluminescence. Science Advances. 26 abr. 2017.
Como fungos usam química para brilhar no escuro da mata
DISPONÍVEL: https://www.youtube.com/watch?v=Ril7v3BP1dM#action=share
ACESSO: 30/01/2018 as 12h.
Há 15 anos, Cassius Stevani, do Instituto de Química da USP, busca desvendar reações químicas que iluminam cogumelos de verde. Ele destaca a importância de entender o processo da bioluminescência dos fungos, principalmente da espécie Neonothopanus gardneri.
ACESSO: 30/01/2018 as 12h.
Há 15 anos, Cassius Stevani, do Instituto de Química da USP, busca desvendar reações químicas que iluminam cogumelos de verde. Ele destaca a importância de entender o processo da bioluminescência dos fungos, principalmente da espécie Neonothopanus gardneri.
Enzima transforma planta em abajur
DISPONÍVEL:
ACESSO: 30/01/2018 as 11:54
ACESSO: 30/01/2018 as 11:54
Um maço de agrião que emite luz por até quatro horas, de forma fraca,
mas capaz de iluminar as páginas de um livro, foi concebido nos
laboratórios do Departamento de Engenharia Química do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Usando clones das
enzimas luciferase e luciferina de vagalume, os pesquisadores do MIT e
da Universidade da Califórnia conseguiram fazer pés de agrião, rúcula,
couve e espinafre emitirem luz. Para transportar a luciferase ao
interior das folhas, eles utilizaram nanopartículas de sílica. A
luciferina foi envolta em um polímero biodegradável de dimensões
nanométricas. A incorporação das enzimas nas folhas ocorreu em duas
etapas. Na primeira, as plantas foram mergulhadas em uma solução com as
nanopartículas em suspensão. Depois, solução e plantas foram submetidas a
alta pressão para as nanopartículas penetrarem nos poros (estômatos)
das folhas. A luciferase se instala nas camadas mais superficiais das
folhas e a luciferina é liberada gradualmente pelo polímero. A reação
química entre elas gera luz. O grupo, liderado por Michael Strano, do
MIT, pretende usar as plantas para iluminação.
EM: Revista PESQUISA/FAPESP ED. 263 | JANEIRO 2018.
O jambu, além da culinária, é utilizado em cosméticos e poderá ter uso na odontologia e como acaricida
DISPONÍVEL: http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/01/16/planta-ecletica/
ACESSO: 30/01/2018 as 11:42
ACESSO: 30/01/2018 as 11:42
Originário da região amazônica, o jambu (Acmella oleracea) é
uma hortaliça muito utilizada na culinária do norte do Brasil,
principalmente no Pará, em pratos famosos como o tacacá e o pato no
tucupi. Além da alimentação, a planta é usada pelos povos indígenas e
ribeirinhos como analgésico e anestésico para tratar aftas, herpes,
dores de dente e garganta. Duas outras propriedades conhecidas dessa
planta, a de fungicida e de combate a ácaros, despertaram o interesse de
alguns pesquisadores com o objetivo de desenvolver medicamentos.
A analgesia é a característica do jambu que atrai maior atenção,
tanto nos apreciadores das iguarias, que sentem a dormência na boca
durante a refeição, como nos pesquisadores. Já se sabe, desde os anos
1950, que os efeitos anestésicos e analgésicos são provocados pela
substância espilantol, embora não existam medicamentos comerciais com
essa base. São informações que fizeram o farmacêutico industrial Rodney
Alexandre Ferreira Rodrigues, professor do Centro Pluridisciplinar de
Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) e da Faculdade de
Odontologia de Piracicaba (FOP), ambos da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), desenvolver um filme (película fina) odontológico em
colaboração com a mestranda Verônica Santana de Freitas-Blanco.
“Nosso objetivo foi produzir um pré-anestésico de uso oral para o
paciente suportar a dor da agulha na anestesia”, explica Rodrigues.
“Purificamos o extrato da planta e produzimos um filme para incorporar o
produto. Hoje, o extrato também está em testes em nosso laboratório
para o uso no combate à mucosite – inflamação nas partes internas da
boca e da garganta, que é um efeito colateral em pacientes de
quimioterapia.”
Rodrigues conta que seu grupo desenvolveu um processo para a obtenção
do extrato de jambu com melhor aproveitamento do espilantol. De acordo
com ele, o método, já com pedido de patente depositado no Instituto
Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), é mais simples e rápido do
que os tradicionais, porque possui poucas etapas e utiliza reagentes
atóxicos e mais baratos. “Outra vantagem é que nosso processo de
purificação elimina pigmentos verdes da clorofila, que dão uma cor
indesejada ao extrato, principalmente para uso cosmético”, explica
Rodrigues. “Essa coloração não é bem-aceita pelo mercado.”
A Unicamp licenciou a patente do processo de extração do extrato de
jambu para a empresa Brasil Aromáticos, de São Paulo, que pretende
usá-lo em um futuro próximo. Hoje, a empresa compra no mercado, para uso
em cosméticos, o quilo do extrato comum, sem purificação, por R$ 10
mil. “Licenciamos a patente e agora estamos verificando a possibilidade
de fazer uma fábrica de extratos e incentivar a plantação de jambu aqui
na região Sudeste”, conta Raquel da Cruz, sócia-fundadora da Brasil
Aromáticos. “Nossa estimativa é de que o preço do quilo fique em torno
de R$ 3 mil.” A empresa, que fatura R$ 2,5 milhões por ano e exporta
seus produtos para vários países, utiliza o extrato de jambu em um
lubrificante sexual.
O processo de produção do extrato de jambu desenvolvido na Unicamp
também está sendo usado para a elaboração de produtos acaricidas,
capazes de controlar os carrapatos do boi, o Rhipicephalus microplus, e do cavalo, o Amblyomma cajennense,
conhecido como carrapato-estrela. O estudo, iniciado em 2015, é do
doutorando em ciências biológicas Luís Adriano Anholeto, da Universidade
Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro, sob a orientação das
professoras Maria Izabel Camargo-Matias e Patrícia Rosa de Oliveira.
Os resultados até agora obtidos por Anholeto demonstram que o extrato
do jambu afeta as células germinativas dos carrapatos (tanto dos machos
como das fêmeas), comprometendo a reprodução desses âcaros. Segundo
ele, a partir da obtenção desse novo conhecimento, abre-se a
possibilidade de futuramente ser criado um acaricida de origem vegetal.
“A ideia é desenvolver um produto que cause menos danos aos animais e ao
ambiente do que os disponíveis no mercado”, explica Anholeto.
A pesquisadora da área de sanidade animal Karina Neoob de Carvalho
Castro, da Embrapa Meio-Norte, uma unidade da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizada em Parnaíba (PI), também
trabalha em conjunto com o grupo da Unesp e pretende desenvolver um
repelente natural com jambu. Os estudos começaram em 2012 e são
realizados em parceria com outras unidades da Embrapa e universidades.
“Foi produzido um extrato com ação acaricida sobre fêmeas e larvas de
carrapato em testes em laboratório”, conta Karina. “Em 2014, mostramos
que o extrato prejudica a reprodução de fêmeas de carrapato ingurgitadas
– que estão prontas para fazer a postura de 3 mil ovos, em média – com
uma eficácia de até 98,2%.” Com isso, a Embrapa pretende desenvolver um
repelente com jambu que possa ser utilizado em animais jovens, que são
aqueles mais sensíveis aos produtos convencionais.
Sob a liderança da bióloga Ana Carolina Chagas, os pesquisadores vão
avaliar a estabilidade de uma formulação nos animais, em análises
toxicológicas e testes pré-clínicos. Karina ressalta que muitos produtos
vindos da natureza, não sintéticos, necessitam de desenvolvimento de
formulações que possam manter a vida útil do repelente em atividade nos
animais. A parceria entre a Embrapa e universidades poderá render um
repelente inédito produzido com recursos da biodiversidade da Amazônia.
Projetos
1. Desenvolvimento e avaliação de formulações tópicas contendo espilantol para uso no tratamento da mucosite oral (nº 14/16186-9); Modalidade Auxílio à pesquisa – Regular; Pesquisador Responsável Rodney Alexandre Ferreira Rodrigues (Unicamp); Investimento R$ 89.983,26.
2. O jambu (Acmella oleracea) e sua ação acaricida: I.
Estudo dos efeitos sobre a morfofisiologia dos sistemas reprodutores
masculino e feminino de Amblyomma cajennense (Fabricius, 1787) (Acari:
Ixodidae) (nº 15/01496-5); Modalidade Bolsa de Doutorado; Pesquisadora Responsável Maria Izabel Souza Camargo (Unesp); Bolsista Luís Adriano Anholeto; Investimento R$ 125.702,46.
Artigos científicos
FREITAS BLANCO, V. S., FRANZ-MONTAN, M. et al. Development and evaluation of a novel mucoadhesive film containing acmella oleracea extract for oral mucosa topical anesthesia. PLOS ONE. On-line. set. 2016.
CASTRO, K. N. C.; ANHOLETO, L. A. et al. Cytotoxic effects of extract of acmella oleraceae (Jambu) in rhipicephalus microplus females ticks. Microscopy research and technique. On-line. ago. 2016.
EM: Pesquisa/FAPESP ED. 263 | JANEIRO 2018
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