quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

DEFENSIVOS QUÍMICOS EM SACHÊ

DISPONÍVEL: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/11/17/sache-de-agroquimico/
ACESSO: 10/12/2015 as 11h:00min


Um sachê biodegradável desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Embrapa Instrumentação e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) poderá promover o uso mais seguro e eficaz de defensivos químicos em lavouras do Brasil. Feito à base de amido, pectina e outros polímeros, o dispositivo estoca qualquer tipo de substância solúvel em água, como fertilizantes e pesticidas. O sachê é, então, selado por prensagem e, em seguida, inserido no solo, onde libera gradativamente as substâncias à medida que se desfaz. A quantidade de agroquímico por sachê pode variar conforme a necessidade do agricultor. De acordo com a química Elaine Cristina Paris, pesquisadora da Embrapa Instrumentação, esse método de dispersão evita que o agroquímico seja levado pela água da chuva e garante um maior aproveitamento dessas substâncias pelas plantas, com menos prejuízo ao meio ambiente e também ao ser humano. Os defensivos químicos, em geral, são pulverizados manualmente sobre as lavouras ou com o auxílio de tratores. Dessa maneira, os produtores rurais muitas vezes ficam expostos a essas substâncias tóxicas, que podem causar câncer e outros efeitos adversos ao sistema nervoso central e periférico.

PENTAQUARK

DISPONÍVEL: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/08/13/pentaquark-enfim-descoberto/?cat=tecnociencia
ACESSO: 10/12/2015 as 11:00

Uma classe incomum de partícula estudada por físicos há pelo menos 50 anos foi inesperadamente identificada por pesquisadores da Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos, que integram um dos grupos do Grande Colisor de Hádrons (LHC), em Genebra, na Suíça. Prótons e nêutrons – que, junto com os elétrons, formam átomos – são compostos de partículas menores chamadas quarks. Cada próton e nêutron é composto por três quarks. Anunciada em julho pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), que abriga o LHC, a partícula recém-descoberta, chamada pentaquark, também forma prótons e nêutrons. A diferença é que ela é constituída por cinco quarks, ou seja,  quatro quarks e um antiquark, com carga elétrica oposta à dos quarks — uma combinação desconhecida até agora. Os quarks são partículas que se movimentam quase à velocidade da luz. Cientistas procuraram por essa partícula por pelo menos 50 anos, mas não a encontraram, o que os fez pensar que ela pudesse de fato não existir. Curiosamente, os pesquisadores a encontraram em meio a trabalhos com objetivos completamente diferentes. O estudo dos pentaquarks, que agora não são mais apenas uma teoria, poderá ampliar o conhecimento sobre as possibilidades de interação entre as partículas elementares da matéria.

ÓLEO, outra fonte de obesidade

DISPONÍVEL: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/08/13/outra-fonte-da-obesidade/?cat=tecnociencia
ACESSO: 10/12/2015 as 10h:21min

O óleo de soja já não era muito bem visto pelos médicos. Agora talvez seja ainda menos. Uma dieta rica em óleo de soja poderia causar mais obesidade e diabetes que uma dieta rica em frutose, um tipo de açúcar comum em refrigerantes e alimentos processados, de acordo com um estudo realizado na Universidade da Califórnia em Riverside, Estados Unidos  (PLoS ONE, 22 de julho).  Os pesquisadores chegaram a essa conclusão alimentando quatro grupos de camundongos com diferentes tipos de dietas, cada uma delas contendo 40% de gordura, similar à que os norte-americanos consomem. O primeiro grupo de animais consumiu apenas óleo de coco, que consiste essencialmente de gorduras saturadas.  O segundo foi alimentado com óleo de soja, que contém principalmente óleos poli-insaturados – e é bastante consumido também no Brasil.  Às outras duas dietas, cada uma com um tipo de óleo, se acrescentou frutose, na proporção consumida pelos americanos. As quatro dietas continham o mesmo total de calorias. Os animais que consumiram óleo de soja apresentaram um aumento de peso de 25% e de 9%, quando comparados com os que  se alimentaram de óleo de coco e com os submetidos à dieta enriquecida com frutose, respectivamente. Além disso, o grupo do óleo de soja exibiu gordura localizada e sinais de danos no fígado, diabetes e resistência à insulina.  Os pesquisadores viram também que a dieta com frutose resultou em danos metabólicos menos severos que os observados nos outros grupos. Em um teste complementar, uma  dieta rica em óleo de milho resultou em um ganho de peso maior que o da dieta à base de óleo de coco, mas não  tão alto quanto  o proporcionado pelo óleo de soja.