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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
MENOS ÓXIDO NITROSO NA ATMOSFERA
DISPONÍVEL: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/12/menos-oxido-nitroso-na-atmosfera
ACESSO: 15/12/2014 as 07:00h
ACESSO: 15/12/2014 as 07:00h
Pesquisa investiga uso de substância para reduzir a emissão desse gás poluente pelo rebanho bovino no Brasil. Formado a partir da urina desses animais, o gás é um dos responsáveis pela intensificação do efeito estufa.
Por: Thaís Scuissiatto Macedo
Publicado em 08/12/2014 | Atualizado em 08/12/2014
Gado bovino em área experimental da UFPR. Em contato com o solo, a urina dos animais libera óxido nitroso, um dos gases do efeito estufa. (foto: divulgação/ UFPR) |
O efeito estufa é um fenômeno natural de grande importância, pois garante a vida na Terra ao mantê-la aquecida. Mas o aumento da emissão dos gases responsáveis por sua ocorrência (vapor de água, dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, entre outros) causou um desequilíbrio energético na superfície do planeta, dando origem ao que se conhece como aquecimento global.
Embora o efeito estufa tenha se tornado bastante conhecido nos últimos tempos, pouca gente sabe que, além da queima de combustíveis fósseis, a criação de gado é um dos principais responsáveis pelo fenômeno.
Já se sabe que a flatulência, principalmente arrotos, de bois e ovelhas, eleva as emissões de gás metano (CH4) na atmosfera. Na Nova Zelândia, cientistas calculam que ela seja responsável por 90% das emissões de CH4 no país e mais da metade dos gases de efeito estufa.
Já a urina bovina gera óxido nitroso (N2O), outro gás-estufa de grande poder poluidor. Por essa razão, buscam-se formas de minimizar seus danos ao meio ambiente. Com resultados promissores, uma delas está em curso no Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A urina bovina é rica em ureia e, em contato com o solo, promove reações químicas que levam à liberação de N2O. Ao ganhar a atmosfera, esse gás bloqueia a saída de raios solares do ambiente terrestre, acentuando o efeito estufa.
Com um rebanho bovino estimado em mais de 200 milhões de cabeças, o Brasil é o principal emissor de óxido nitroso na América Latina e no Caribe, sendo responsável por cerca de 40% das emissões na região.
Para tentar reduzir esse percentual, os pesquisadores da UFPR vêm testando o emprego de uma substância que impede a formação de N2O. A dicianodiamida, mais conhecida como DCD, bloqueia as reações que levam à formação do gás poluente ao inibir o processo de nitrificação que age sobre o amônio liberado no solo via urina.
No estudo, que ainda está em fase experimental, os pesquisadores aplicam urina de vaca em porções do solo e em seguida as pulverizam com DCD. Medições feitas diariamente apontam a quantidade de N2O liberado no ambiente nessas condições. “O uso do inibidor diminui a emissão de óxido nitroso em até 20%”, conta a engenheira agrônoma Priscila Simon, responsável pelo projeto.
Uso na prática
O DCD já é utilizado para reduzir a emissão de óxido nitroso em outros países, mas sua eficiência no Brasil é questionada, devido principalmente às condições climáticas, que interferem no tempo de ação do produto no solo.
“Em regiões de clima temperado, a substância chega a reduzir as emissões em até 60%, como é o caso da Nova Zelândia”, explica Simon. Para melhor controle dos resultados no clima tropical e subtropical do Brasil, é preciso avaliar os fluxos de emissão durante as quatro estações do ano.
Para uso em larga escala nas fazendas, o DCD poderia ser pulverizado sobre os pastos. Além de minimizar a formação do gás, o inibidor ainda apresenta outra vantagem: impede a formação de nitrato no solo. Esse composto é responsável por poluir mananciais por causa de sua elevada capacidade de lixiviação no perfil do solo.
A pesquisadora lembra que ainda é preciso conhecer melhor a viabilidade econômica do uso comercial da substância. Se o percentual de redução da emissão do gás, que agora é de 20%, aumentar, talvez o uso comercial seja viável.
“Mas o estudo de viabilidade econômica não é o objetivo da pesquisa”, afirma Simon. “O trabalho realizado por nossa equipe concentra-se em avaliar a redução da emissão de óxido nitroso na área subtropical brasileira.”
O estudo coordenado pela equipe de Simon foi premiado em outubro último, durante a 1ª Conferência sobre Gases de Efeito Estufa em Sistemas Agropecuários da América Latina, que reuniu 80 participantes de 15 países em Osorno, no Chile.
Thaís Scuissiatto Macedo
Especial para a CH On-line/ PR
Thaís Scuissiatto Macedo
Especial para a CH On-line/ PR
ADOÇANTE ENGORDA???
ACESO: 15/12/2014 as 6:53h
Estudo revela que adoçantes artificiais não calóricos podem aumentar teores de glicose no sangue e que a expectativa de emagrecer ou engordar depende em grande parte da microbiota do indivíduo, cuja composição se mostrou alterada com o uso desses produtos.
Por: Franklin Rumjanek
Publicado em 09/12/2014 | Atualizado em 09/12/2014
Já comentamos anteriormente na Ciência Hoje que o número de bactérias normalmente abrigadas pelo corpo humano supera em pelo menos 10 vezes o número de células que compõem seus diferentes tecidos e órgãos. Assim, tomando apenas o aspecto quantitativo, temos uma natureza mais bacteriana que humana. Entretanto, os taxonomistas, que levam em consideração os caracteres anatômicos macroscópicos, não têm dificuldade em classificar um indivíduo saudável, no qual as bactérias permanecem restritas ao sistema digestório, como pertencente à espécie Homo sapiens.
Já sabíamos que esses comensais têm um papel fisiológico em nossas vidas, já que são os responsáveis pela síntese das vitaminas B e K, além de auxiliarem na digestão de ácidos biliares e esteróis. O que talvez seja novidade é a importância crescente que a microbiota exibe em relação a muitos outros parâmetros fisiológicos. Descobertas recentes vão nos forçar a revisar conceitos tradicionais e finalmente aceitar que até o estilo de vida de um indivíduo, com suas dietas e hábitos, tem muito mais envolvimento com a flora intestinal do que supúnhamos.
A composição da microbiota, por exemplo, é considerada um fator que predispõe à chamada síndrome metabólica. Indivíduos com essa síndrome têm pelo menos três das seguintes anomalias: obesidade abdominal, pressão alta, glicose elevada, alta taxa de triglicerídeos e níveis baixos do colesterol ‘bom’ (HDL). Outra situação ligada à microbiota envolve os adoçantes artificiais não calóricos (AANC), como sacarina, sucralose e aspartame.
Consumidos por milhões de pessoas, eles são classificados de não calóricos por não sofrer metabolização: passam intactos pelo sistema digestório e são excretados. Em trabalho recentemente publicado on-line na revista Nature, Jotham Suez e colegas apresentaram resultados impressionantes, revelando que a expectativa de emagrecer ou engordar depende em grande parte da microbiota.
Para começar, os AANC induziram rapidamente (em horas) intolerância à glicose, isto é, produziram níveis aumentados de glicose sanguínea semelhantes aos encontrados em diabéticos. Os AANC também modificaram a própria composição da microbiota – vale lembrar que a dieta age como fator seletivo das bactérias intestinais e que, dependendo da população prevalente, a obesidade pode ser uma consequência.
O grupo também mostrou que antibióticos podem abolir as alterações metabólicas induzidas pela microbiota e que o transplante desta para outros animais reproduzia neles o quadro dos animais doadores.
Adoçantes engordam
Esses resultados foram obtidos em camundongos, mas foi possível estabelecer uma ponte com humanos por meio da pesquisa de hábitos nutricionais em 381 indivíduos não diabéticos. Nesse grupo, foram encontradas várias correlações positivas entre o uso desses adoçantes e aspectos como ganho de peso, medidas de obesidade abdominal, altos níveis de glicose sanguínea e outros. Destaque-se aqui o resultado que aponta que, para certas populações, o consumo de adoçantes engorda!
As bactérias, no entanto, vão além: afetam a resposta do corpo ao tratamento médico. Em 2013, trabalho publicado na revista Science por Sophie Viaud e colegas mostrou que a ciclofosfamida, droga que estimula respostas imunes antitumorais usada na quimioterapia do câncer, age alterando a composição da microbiota de modo análogo ao descrito acima para os AANC. A ciclofosfamida induz a translocação de cepas de certo tipo de bactérias (Gram-positivas) do intestino para os órgãos linfoides, onde, então, a resposta imune é estimulada.
O que fica claro, nos estudos descritos aqui e em muitos outros, é a interação muito próxima que ainda existe entre nós e nossos ancestrais, as bactérias. É inteiramente possível que, em breve, a chamada medicina personalizada tenha que levar em conta um prontuário que contenha não somente a composição gênica, mas também a da microbiota do indivíduo.
Franklin Rumjanek
Instituto de Bioquímica Médica
Universidade Federal do Rio de Janeiro
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
ANESTESIA APAGA MEMÓRIAS RUINS
DISPONÍVEL: REVISTA SUPER INTERESSANTE, EDIÇÃO DE NOV. 2014, PÁG.10
O gás xenônio, que é usado em faróis de carro e também como anestésico, tem uma terceira utilidade: eliminar memórias traumáticas. Pelo menos em cobaias de laboratório. A descoberta é de cientistas americanos, que submeteram um grupo de ratos a uma situação desagradável, quando tocava um determinado som, eles levavam um choque. As cobaias que inalaram xenônio se esqueceram desse fato e passaram a ignorar o alerta sonoro. O efeito acontece porque o gás bloqueia a ação de um aminoácido chamado NMDA, que é necessário para a preservação das memórias.
METAIS PROMISSORES
DISPONÍVEL: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/11/metais-promissores
ACESSO: 08/12/2014 as 10:31h
ACESSO: 08/12/2014 as 10:31h
Complexos metálicos podem ser base de novos medicamentos contra doença de Chagas e leishmaniose. Em laboratório, substâncias contendo em sua estrutura íons de cobre ou zinco se mostraram eficientes contra os parasitas causadores dessas enfermidades.
Por: Lucas Lucariny
Publicado em 14/11/2014 | Atualizado em 14/11/2014
Pode ter surgido um novo caminho para tratar a doença de Chagas e a leishmaniose. No Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), foram desenvolvidos complexos metálicos que se mostraram eficientes no combate aos parasitas causadores das duas doenças e podem ser futuramente utilizados na produção de medicamentos.
Tais complexos foram obtidos a partir de íons metálicos abundantes na natureza, como zinco e cobre, encontrados inclusive no organismo humano, onde desempenham funções essenciais. Em testes de laboratório, quando ligados quimicamente a certas moléculas orgânicas especialmente desenhadas para essa finalidade, eles se mostraram ativos contra o parasita Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. Análises preliminares também apontaram sua eficácia contra a Leishmania, que provoca a leishmaniose. Essas enfermidades atingem principalmente populações de baixa renda de países pobres e em desenvolvimento e recebem investimentos reduzidos para seu controle. Por isso, são classificadas como doenças negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde.
Segundo a química Ana Maria da Costa Ferreira, que liderou as pesquisas, os resultados foram altamente positivos. Os pesquisadores prepararam em laboratório diferentes compostos com estruturas variadas e determinaram quais concentrações de cada um deles são capazes de matar 50% dos parasitas nas amostras analisadas, o que atesta sua eficiência. “Com os testes realizados, já temos diversas evidências sobre o mecanismo de ação desses compostos metálicos, que inibem proteínas específicas dos parasitas, ajudando a combatê-los”, explica.
Até o momento, somente testes in vitro foram feitos. Ainda é necessário realizar pesquisas com seres vivos para verificar possíveis efeitos colaterais dos complexos metálicos. Se os resultados forem positivos, são grandes as chances de os compostos se tornarem base para futuros medicamentos contra essas doenças. Um pedido de patente já foi depositado pela Agência USP Inovação junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
“Não temos nenhum estudo ainda sobre a aplicação em medicamentos, mas podemos afirmar que os compostos testados são potenciais candidatos a agentes farmacológicos”, diz Ferreira. Segundo a pesquisadora, ainda não há uma estimativa de custo para o desenvolvimento de fármacos a partir desses complexos metálicos, mas ela acredita que não seja algo caro. “As matérias-primas utilizadas para a preparação dos compostos são de fácil obtenção”, justifica.
Atualmente, o tratamento da doença de Chagas e da leishmaniose é feito com medicamentos injetáveis que costumam causar fortes efeitos colaterais, como dores de cabeça, tontura, perda de peso, náuseas e vômitos. Segundo Ferreira, o grupo de pesquisa da USP vem trabalhando para que os complexos metálicos recém-desenvolvidos não apresentem o mesmo problema. “Pretendemos aprofundar os estudos sobre possíveis mecanismos de ação desses compostos, visando identificar quais são os seus alvos biológicos preferenciais e assim evitar possíveis efeitos adversos nas pessoas”, acrescenta.
Lucas Lucariny
Ciência Hoje On-line
Lucas Lucariny
Ciência Hoje On-line
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terça-feira, 11 de novembro de 2014
A QUÍMICA DA COLA - DESCUBRA A CIÊNCIA POR TRÁS DO GRUDE
DISPONÍVEL: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-quimica-da-cola/
ACESSO: 11/11/2014
Você usa cola para fixar as figurinhas do seu álbum, para consertar a asa da xícara que você acabou de quebrar, para colar etiquetas em cadernos, livros ou para deixar recados no monitor de seu computador. Alguns profissionais usam cola para unir canos e impedir que a água vase pelas junções, para fixar carpetes ou para manter fixas as diferentes partes de um tênis ou sapato. Alguns produtos, como a fita adesiva (durex), o esparadrapo, os curativos adesivos do tipo band-aid, e os selos postais já vêm com cola. Mas, você já parou para pensar como a cola consegue colar?
Para começo de conversa, é bom saber que existem três tipos de cola: as colas baseadas em água (como a cola branca que você usa na escola e a cola que existe no verso do selo postal); as colas baseadas em solventes (como a cola usada pelos sapateiros); e as colas que reagem quimicamente em contato com o ar (como as colas do tipo superbonder). Apesar dessas diferenças, todas elas possuem algo em comum: usam a propriedade adesiva de certos polímeros (naturais ou sintéticos) para manter as coisas unidas. Estes polímeros se ligam uns aos outros e as partes que se deseja unir, colando-as.
Polímeros são moléculas grandes formadas pela ligação de poucos tipos de moléculas menores. O amido de milho, por exemplo, que as mães costumam usar pra fazer aquele delicioso mingau pela manhã, é formado pela ligação de milhares de moléculas menores, chamadas de glicose. Curiosamente, o mingau também pode ser usado como cola.
As colas com base em água são formuladas com polímeros, naturais (goma arábica, presente na borda de envelopes e no verso de selos) ou sintéticos (acetato de polivinila, ou PVA, o componente encontrado na cola escolar), dissolvidos em água. Elas devem ser usadas apenas na superfície de materiais porosos (como papel, tecido e madeira), pois não atuam em materiais não porosos (como vidros e plásticos). Na presença da água, os polímeros interagem pouco entre si, e a cola permanece líquida. Entretanto, quando aplicada sobre uma superfície porosa, a cola, além de permanecer entre as duas partes que deve colar, também penetra nos poros existentes na superfície destes materiais. Com o tempo, a água evapora lentamente, e os polímeros começam a interagir entre si e com o material sobre o qual foram aplicados, unindo as duas partes que estavam em contato. As colas com base aquosa são laváveis e perdem sua capacidade de aderência quando expostas à água, pois os polímeros responsáveis pela aderência se dissolvem neste meio.
As colas com base em solvente (como a cola de sapateiro e as colas acrílicas) são formuladas com polímeros sintéticos (acrílico, policarbonato, poliestireno, policloropreno) que não são solúveis em água. Por isso, eles são dissolvidos em um solvente orgânico. Estas colas são capazes de unir superfícies com baixa porosidade, como plásticos, e vidros. Por causa do solvente, estas colas secam rapidamente, mas devem ser usadas apenas por adultos, pois os solventes de sua composição geralmente são tóxicos. Pelo fato de os polímeros que constituem estas colas não serem solúveis em água, elas não descolam quando são molhadas.
As colas “químicas”, do tipo superbonder são formuladas com compostos que reagem quimicamente e formam polímeros em contato com a umidade do ar. Como o cianoacrilato O polímero formado enrijece rapidamente, colando fortemente as partes que se queria unir. Esta cola deve ser manuseada com cuidado, e apenas por adultos, pois além de colar papel, vidro, couro, plástico, cerâmica e metal ela também cola tecidos vivos, como a pele. Esta propriedade faz com que colas químicas formuladas com cianoacrilatos modificados sejam usadas em procedimentos cirúrgicos, substituindo os pontos superficiais para o fechamento da pele de perfurações da córnea.
Joab Trajano Silva,Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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