terça-feira, 26 de agosto de 2014

Captura eficiente / Cientistas brasileiros desenvolvem pó capaz de retirar o gás carbônico do ar e reduzir a poluição atmosférica. O produto pode ser empregado em filtros domésticos, em indústrias e na construção civil.

DISPONÍVEL: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/08/captura-eficiente
ACESSO: 26/08/2014
                  
Por: Lucas Lucariny
Publicado em 19/08/2014 | Atualizado em 19/08/2014
Captura eficiente

Pó desenvolvido por brasileiros captura o gás carbônico do ar. Se usado em larga escala por indústrias, o produto pode contribuir para reduzir a emissão desse gás-estufa na atmosfera. (foto: Tyra Koppenol/ Freeimages)

A emissão desgovernada de gás carbônico (CO2) na atmosfera pelo homem tem sido apontada como uma das principais causas do aquecimento global. Para amenizar o problema, cientistas estudam materiais para retirar esse gás-estufa do ar. É o caso de um grupo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que desenvolveu um pó capaz de capturar o CO2 ao seu redor.
O produto, branco, semelhante a um talco, contém uma substância à qual o dióxido de carbono livre no ar se liga, sendo, assim, retirado da atmosfera. O material pode ser usado para fabricação de filtros de ar, que poderiam ser empregados por indústrias, e até na construção civil, misturado ao cimento e ao concreto. Chaminés de fábricas, por exemplo, poderiam ser revestidas internamente com o pó, que capturaria o CO2 dos gases expelidos.
O material pode ser usado para fabricação de filtros de ar, que poderiam ser empregados por indústrias, e até na construção civil, misturado ao cimento e ao concreto
Materiais capturadores de carbono já são utilizados por indústrias de produção de energia, principalmente por termoelétricas a carvão nos Estados Unidos, onde a medida é obrigatória. Mas a química Heloise Pastore, coordenadora do Grupo de Peneiras Moleculares Micro e Mesoporosas (GPM3) da Unicamp, que criou o novo material, aponta que sua invenção é mais vantajosa. “A maioria dos produtos empregados hoje apresenta forma líquida, que, durante o uso, gera um spray de gases corrosivos, muito prejudicial às plantas industriais”, diz.
Segundo Pastore, testes realizados em laboratório mostraram que cada grama do pó captura 0,28 g de gás carbônico do ar. “A monoetanolamina (MEA), por exemplo, um dos líquidos usados atualmente para esse fim, absorve 0,12 g de CO2 por grama do produto, menos da metade do que o sólido que criamos”, compara.
A pesquisadora acrescenta que o pó desenvolvido por sua equipe – com o apoio a Petrobras – ainda gera calor durante o processo de captura, o que facilita o reaproveitamento do CO2 e a reciclagem do próprio pó. Ela explica que esse calor pode ser usado para liberar o CO2 já capturado por outro lote de pó, permitindo a reutilização do gás em reações químicas e do material sólido em novos ciclos de captura.
É exatamente nesse reaproveitamento do carbono capturado pelo composto que a próxima fase da pesquisa do GPM3 se concentra. O grupo irá começar a estudar no segundo semestre de 2014 formas de aplicação para o carbono retirado do ar.
Pó para remover gás carbônico
 
O carbono capturado pelo pó (na foto) poderá ser reutilizado na fabricação de novos produtos, como o plástico. (foto: Heloise Pastore)
 
“A nossa ideia é reaproveitá-lo de uma forma simples e de modo que ele não volte para a atmosfera por um longo prazo”, afirma Pastore. “Seu uso pode ser viável na produção de plásticos ou em reações químicas em laboratório.”
A química destaca o custo relativamente barato do pó criado pelo seu grupo e a viabilidade da sua produção em larga escala.
Há, no Brasil todo, grupos que buscam maneiras de possibilitar a captura de carbono. Segundo Pastore, esse processo, que não é muito utilizado no país, deveria receber mais atenção das autoridades. “Enquanto nos Estados Unidos o uso de capturadores é obrigatório, aqui no Brasil falta uma tomada de atitude”, pondera. “Deveria haver uma conscientização das empresas que geram CO2, além da criação de leis e multas para impulsionar o uso dos absorvedores do gás.”

Lucas Lucariny
Ciência Hoje On-line

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A QUÍMICA DO AMOR


A QUÍMICA DO CHOCOLATE


A Química dos Detergentes


A Química do Sal


A QUÍMICA DA PASTILHA ELASTICA


Vídeo: FILTRAÇÃO, DIFUSÃO E OSMOSE

DISPONÍVEL: http://www.quimica.com.br/pquimica/videos/aulas-auxilio-para-professores-e-alunos-video-e-musica/
ACESSO: 25/08/2014

Ensino de Química - Indústria precisa de quem sabe Química

DISPONÍVEL:http://www.quimica.com.br/pquimica/quimica-2/iyc-2011-ensino-de-quimica-industria-precisa-de-quem-sabe-quimica/
ACESSO: 25/08/2014

De um químico, a indústria espera que ele saiba Química. A aparente tautologia merece atenção. “Não é prático exigir que a universidade forme especialistas para cada indústria, portanto quem estuda Química precisa estudá-la enquanto ela mesma, não importa a circunstância”, comentou o químico Jorge Fazenda, ex-diretor técnico das Tintas Coral, com mais de três décadas de experiência profissional, atualmente diretor técnico do Congresso Internacional de Tintas organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Tintas (Abrafati). “A universidade precisa fazer isso com excelência, porque assim os formandos podem se tornar bons professores, profissionais de petróleo, tintas, petroquímica e tantas outras coisas.”
Fazenda observa que a indústria precisa de profissionais que tenham uma postura crítica química sobre os processos e situações industriais. Isso significa “saber se virar quando aparece um problema novo, sem ter de recorrer ao professor ou ao chefe”, explicou. De uma forma geral, ele considera que as escolas tradicionais continuam a formar químicos muito bons, até mesmo melhores que os antigos. “Os alunos de hoje têm muito mais acesso às informações”, justificou.
Apesar disso, ele critica uma certa miopia da organização dos cursos superiores, quase sempre dedicados às reações de síntese. “A indústria de preparações, baseada em misturas, é uma das maiores contratadoras de químicos e não é prestigiada”, reclamou. As tintas, como os cosméticos e os adesivos, também exigem conhecimentos específicos. “Uma tinta tem entre dez e doze constituintes básicos, e o químico precisa conhecer bem cada uma dessas substâncias, suas interações e sua aplicação quantitativa”, exemplificou.
trabalhos, com bons resultados”, comentou.
Embora defenda uma formação científica forte, Fazenda destaca que os professores universitários devem buscar
Fazenda explicou que as tintas olham para a polimerização das resinas em duas etapas. A primeira, durante a preparação do polímero básico no processo industrial (vinílicos, poliésteres, epóxis, acrílicos etc.), dependentes de reações químicas típicas. “As grandes companhias produzem seus próprios polímeros, enquanto as de médio porte fazem só alguns deles, e as pequenas os compram de fornecedores especializados”, informou. Há uma tendência à verticalização, quando viável economicamente.
Porém, no caso das tintas, há um segundo momento importante, encontrado logo após a aplicação do produto sobre a superfície a revestir. “É a hora de formar a película nas condições desejadas em cada caso: a automobilística usa estufas, a madeireira aplica radiação ultravioleta, enquanto as paredes só passam pela secagem”, comentou. Cada uma dessas situações precisa ser desenhada desde o começo do processo pelo químico formulador, com o objetivo de produzir o melhor resultado possível. “O diferencial das tintas é esse: o produto final não está nas latas, mas na película seca”, ressaltou.
A Abrafati oferece um curso introdutório para a ciência de tintas, com a finalidade de nivelar conhecimentos dos profissionais do ramo. “A Faculdade Oswaldo Cruz oferece um curso de especialização em tintas, dentro dos critérios do MEC, com 380 horas/aula mais 40 horas de  nas reações de interesse industrial os exemplos para suas aulas. “Isso dá uma visão mais prática, mostra como a Química se insere no mundo real”, sugeriu. Ele também aconselha a adaptação dos currículos aos novos conhecimentos científicos, além de adotar abordagens multidisciplinares.
Um problema identificado pelo profissional de longa carreira está no academicismo exagerado de algumas escolas. “Os docentes são avaliados mais pela produção científica do que pela sua capacidade didática; é preciso valorizar também o professor universitário”, aconselhou. Na sua opinião, carreiras exclusivamente acadêmicas podem fomentar o velho antagonismo entre universidade e empresa. “As grandes indústrias mundiais mantêm vínculos fortes com universidades, há uma colaboração e interesse mútuo, ao contrário do que se vê no Brasil”, lamentou. Até há alguns anos, era impossível para as indústrias brasileiras contratar serviços nas universidades. “Não havia nem como fazer os pagamentos de forma adequada”, disse.
Química e Derivados, ensino de química Jorge Fazenda, Congresso Internacional de Tintas, Abrafati
Fazenda: academia poderia dar mais atenção às preparações
A formação dos técnicos químicos é considerada adequada por Fazenda, salientando a importância de essa opção permitir o acesso ao curso universitário, se o profissional assim desejar. Para ele, como as maiores responsabilidades recaem sobre os profissionais de nível superior, a seleção destes é sempre mais crítica. “Enquanto ainda estava na indústria, percebia nos recém-formados uma grande dificuldade de comunicação, derivada da falta de leitura e de treino escrito”, comentou. “Isso não é problema da Química, mas influía negativamente na escolha dos candidatos.” A avaliação nesses casos começava pela experiência profissional anterior; para os iniciantes, contar com um diploma de uma das escolas de primeira linha era fundamental.
Quanto ao ensino de Química no nível médio (o velho colegial ou científico), Fazenda o classifica como horrível. “Existem cursos de licenciatura, mas quem é que vai querer dar aulas disso hoje em dia, especialmente na rede pública, com todas as dificuldades?”, lamentou. “Os jovens só começam a entender a Química no primeiro ano da faculdade.” Ele ressalta a necessidade de reservar parte do tempo de aula para experimentos práticos, sem os quais fica prejudicada a compreensão da ciência.
Um forte argumento para que alunos e universidades se interessem mais pelas indústrias de preparação está no fato de elas não exigirem nem muito capital, nem muita tecnologia para serem iniciadas. “São uma grande porta de entrada para quem tem espírito empreendedor”, afirmou Fazenda. Ele comentou que mais da metade da produção de tintas no mundo está nas mãos de poucas empresas, que são potentes conglomerados químicos. “Mas qualquer um pode montar uma fábrica para atender nichos de mercado e ganhar dinheiro, por isso os cursos superiores precisam olhar para aplicações diárias, elas ajudam também a empreender”, enfatizou.

QUÍMICOS ANALÍTICOS NO VELHO OESTE

Um pouco de humor faz bem à saúde
A charge remete a uma ideia do rigor de um trabalho analítico, mesmo qualitativo para que os resultados sejam confiáveis, inclusive no que tange à área de ensino.
Boa noite.
DISPONÍVEL: https://www.facebook.com/QualitativaInorgUfrj

TVQ - 2014......PRORROGADAS AS INSCRIÇÕES!

Vejam que excelente oportunidade para aqueles alunos que não se inscreveram no Torneio Virtual de Química - 2014: AS INSCRIÇÕES FORAM PRORROGADAS!!!!
Então vamos aproveitar.....
Leiam:
 
Gostaria de ver sua escola participando de uma competição nacional acadêmica de Química organizada por alunos do Instituto de Química da UNICAMP?
As inscrições inicialmente iriam até hoje, dia 24 de agosto, porém foram prorrogadas até o dia 27 de agosto!
Trata-se do Torneio Virtual de Química 2014, cujo site pode ser acessado por este link. Podem participar estudantes matriculados no Ensino Médio e/ou Técnico em 2014. Todos os estudantes que participarem da 3ª Fase receberão certificado de participação. Os mais bem classificados receberão medalhas, conforme estabelece o Edital disponível em nosso site.
O download da prova e o formulário de
inscrição encontram-se disponíveis em:
Atenciosamente,
Raul Machado - Membro da Comissão Organizadora