ACESSO: 10/12/2015 as 11:00
Uma classe incomum de partícula estudada por físicos há pelo menos 50
anos foi inesperadamente identificada por pesquisadores da Universidade
de Syracuse, nos Estados Unidos, que integram um dos grupos do Grande
Colisor de Hádrons (LHC), em Genebra, na Suíça. Prótons e nêutrons –
que, junto com os elétrons, formam átomos – são compostos de partículas
menores chamadas quarks. Cada próton e nêutron é composto por três
quarks. Anunciada em julho pela Organização Europeia para a Pesquisa
Nuclear (CERN), que abriga o LHC, a partícula recém-descoberta, chamada
pentaquark, também forma prótons e nêutrons. A diferença é que ela é
constituída por cinco quarks, ou seja, quatro quarks e um antiquark,
com carga elétrica oposta à dos quarks — uma combinação desconhecida até
agora. Os quarks são partículas que se movimentam quase à velocidade da
luz. Cientistas procuraram por essa partícula por pelo menos 50 anos,
mas não a encontraram, o que os fez pensar que ela pudesse de fato não
existir. Curiosamente, os pesquisadores a encontraram em meio a
trabalhos com objetivos completamente diferentes. O estudo dos
pentaquarks, que agora não são mais apenas uma teoria, poderá ampliar o
conhecimento sobre as possibilidades de interação entre as partículas
elementares da matéria.
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