domingo, 26 de maio de 2013

RESENHA SOBRE O ARTIGO: A PESQUISA EM ENSINO DE QUÍMICA NO BRASIL: CONQUISTAS E PERSPECTIVAS PUBLICADO NA QUIMICA NOVA, VOL.25, SUPL.1, 14-24, 2002.



: Edneide Maria Ferreira da Silva


1. Informações Bibliográficas:
Schnetzler, R.P., A Pesquisa em Ensino de Química no Brasil: conquistas e perspectivas. Quim. Nova, Vol. 25, Supl. 1, 14-24, 2002.

2. Dados sobre a autora:
Roseli Pacheco Schnetzler
Atualmente é professora titular da Universidade Metodista de Piracicaba. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Tópicos Específicos de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de química, formação docente, ensino de ciências e ensino-aprendizagem.
Linhas de pesquisa:
formação docente em química/ciências;
processo de ensino-aprendizagem em química/ciências;
formação de professores.
Formação:
Doutora em Educação Química pela University of East Anglia - 1987.
Mestre em Metodologia de Ensino pela Universidade Estadual de Campinas - 1980.
Especialização em Fotoquímica Orgânica pela Universidade de São Paulo - 1974.
Graduação em Química pela Universidade de São Paulo- 1971.

3. Rerumo:
O texto aborda a necessidade de o professor estar sempre se atualizando e para tanto é necessário que as universidades ofereçam cursos de graduação e pós graduação voltados para o desenvolvimento de pesquisa em ensino de química. Aborda ainda a relação histórica da pesquisa em química com a didática das ciências, o que vem se constituindo como um campo
científico de estudo e investigação, com proposição e utilização de teorias/modelos e de mecanismos de publicação e divulgação próprios e, principalmente, pela formação de um novo tipo de profissional acadêmico – o/a pesquisador/a em ensino de Ciências/Química.
Retrata ainda a necessidade de se realizar uma alfabetização cientifica, pois a nossa produção sobre o assunto de educação química ainda é bastante restrito, em detrimento ao pouco conhecimento da área. Ao longo do texto, a autora cita outros autores no que se refere ao que defendem o mesmo ponto, como Cachapus e colaboradores que apontam, o desenvolvimento de um novo campo de conhecimentos aparece quase sempre associado a condições como: a existência de uma problemática relevante, suscetível de despertar um interesse suficiente que justifique os esforços necessários ao seu estudo; o caráter específico dessa problemática, que impeça o seu estudo por outro corpo de conhecimento já existente e o contexto sócio-cultural, bem como os recursos humanos e condições externas (p.157). Em outras palavras, a identidade dessa nova área de investigação é marcada pela especificidade do conhecimento científico, que está na raiz dos problemas de ensino e de aprendizagem investigados, implicando pesquisas sobre métodos didáticos mais adequados ao ensino daquele conhecimento e investigações sobre processos que melhor dêem conta de necessárias reelaborações conceituais ou transposições
didáticas para o ensino daquele conhecimento em contextos escolares determinados. Isso significa que o ensino de ciências/ química implica a transformação do conhecimento científico/químico em conhecimento escolar, configurando a necessidade de criação de um novo campo de estudo e investigação, no qual questões centrais sobre o que, como e porque ensinar ciências/química constituem o cerne das pesquisas. Nesse sentido, Eybe e Schmidt7, ao investigarem sobre critérios para a produção de bons artigos de pesquisa em ensino de química,
enfatizam a competência em química como um deles, embora só ela não seja suficiente para dar conta de outros requisitos: a necessidade de se explicitar e fundamentar a relevância da questão de investigação em termos da literatura existente, particularmente da área da Didática das Ciências; que essa relevância paute-se no propósito de melhorar o processo de ensino-aprendizagem em química; e que a investigação seja teórica e metodologicamente fundamentada, articulando, explicitamente, tais referenciais com procedimentos adotados de coleta, construção e análise de dados. Finalmente, que os resultados sejam discutidos criticamente. Ao final do tópico, a autora caracteriza como ocorreu esse desenvolvimento a longo dos anos. Faz uma comparação da nossa produção cientifica no assunto como outros países e justiça adesproporção em função de ainda estarmos engatinhando.Descreve o surgimento do ENEQ,DA SBQ, EDEDs, ECODEDCs,ENNEQs. Comenta ainda sobre o desenvolvimento de projetos de ensino, bem como a publicação de livros sobre educação química.

4. Posicionamento crítico
Embora o texto seja muito longo, o que dificultou para mim a estruturação do resumo, é muito interesse, pois nos informa como se deu todo o movimento de produção científica em educação química, além de nos estimular a fazer parte dele. Compreender a importância dessa nova área a qual pertencemos, e saber que podemos contribuir para a sua melhoria me deixou satisfeita. Recomendaria que esse material pudesse ser discutido em grupo, pois acredito que esse tipo de leitura seja mais eficiente. Para tanto, se faz necessário realizar a leitura previa com a marcação de alguns tópicos, para que ao longo da discussão facilitem a fixação.

5. Referências

Cachapuz, A.; Praia, J.; Gil-Pérez, D.; Carrascosa, J.; Terrades, F. M.; Rev.Portuguêsa de Educação 2001, 14, 155.

Eybe, H.; Schmidt, H. J.; Int. J. Sci. Educ. 2001, 23, 209.

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