segunda-feira, 13 de julho de 2020

Atividade Experimental Problematizadora (AEP), você sabe o que é?

Olá, todos bem?
Mês de Julho, outrora era sinônimo de férias. Atualmente esse entendimento mudou. Férias como sinônimo de descanso, lazer e diversão também passou a ser vista de forma diferenciada. Principalmente para os profissionais da Educação, de modo mais específico, o professor.
Em se tratando de aulas remotas, estamos com o desafio de apresentar conteúdos de forma dinâmica e adequada ao nível de cognição dos estudantes.
Afunilando as situações educacionais, se imaginarmos aulas remotas de Ciências da Natureza, os desafios vão se aprimorando. Se continuarmos descendo esse funil e pensarmos a disciplina de Química no que se refere a Experimentação, talvez consigamos chegar ao nível que a dificuldade é maior que o diâmetro que possibilita a descida da situação inicialmente posta.
No entanto, sem nos concentrarmos em todos esses desafios, e na tentativa de nos aprimorarmos no suposto  período de férias, decretado pela maior parte dos Governos e denominado como recesso, que tal nos apropriarmos do entendimento sobre a AEP?
Confesso que me interessei pela temática por conta de dificuldades em trabalhar a EXPERIMENTAÇÃO demonstrativa, aquela que convencionalmente se trabalha na graduação e quando vamos à pesquisa nos é exigida de outra forma. Outra dificuldade foi o fato de enquanto professora, perceber nos estudantes pouco envolvimento com os fenômenos que estavam sendo abordados. Ao pensar que toda e qualquer aula deve ser planejada e que de modo específico, as aulas experimentais além disso ainda devem ser testadas, o desânimo era ainda maior.
Por vezes penso que a maior parte das nossas pesquisas são em função de nossas dificuldades e que a partir disso, alcançamos algum sucesso, ou ao menos minimizamos nossas angústias sobre dado assunto. E assim aconteceu.
Iniciei na busca pelo entendimento dos tipos de experimentação, suas características quanto ao papel do professor e estudante, bem como as vantagens e desvantagens do uso de cada um dos tipos.
Com base em um artigo "Experimentação Problematizadora: Fundamentos Teóricos e Práticos para a Aplicação em Salas de Aula de Ciências" disponível em   http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc30/07-PEQ-4708.pdf com autoria de Wilmo E. Francisco Jr., Luiz Henrique Ferreira e Dácio Rodney Hartwig, trabalhei inicialmente essa proposta em uma disciplina da Pós graduação. De modo que nosso entendimento sobre a AEP é que a partir da Experimentação Investigativa, é possível trabalhar a abordagem problematizadora. Com a finalidade de ampliarmos as discussões nos apropriamos dos conceitos tratados no livro "Ensino experimental de Ciências-uma proposta: Atividade Experimental Problematizadora (AEP)" de André Silva da Silva e Paulo Rogèrio Garcez de Moura. Nesse livro, os autores tratam da importância da experimentação no Ensino de Ciências, a relaciona com a aprendizagem significativa de Ausubel (TAS) e com a epistemologia de Thomas Kuhn (ETK), como estruturas de base da AEP.
Além dessa publicação, recorremos ao livro "Atividade Experimental Problematizadora (AEP)" de André Luis Silva da Silva e Pablo Andrei Nogara, onde são dispostos 60 propostas de experimentações com essência no Ensino de Química. Essas leituras em muito contribuiram para o entendimento da proposta do livro " Lavoisier na sala de aula" do professor Lucas Peres Guimarães. Nele o autor faz uso do termo atividade experimental investigativa problematizadora, que é outra denominação de AEP.
Abaixo segue o link de um pequeno resumo do que trabalhamos na disciplina da Pós graduação.

2 comentários:

  1. Excelente ideia! A química, assim como outras ciências "perderam" sua essência investigativa e passou a ser demonstrativa. Tudo isso em virtude do "conteúdo". É importante resgatar a curiosidade e a verdadeira interação do aluno com a aula e o próprio conteúdo.

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